Há uma mosca gigante na sala de Sónia Baptista

Wow, última parte de uma trilogia em que a criadora se afunda no luto, parte em busca da atracção e da repulsa que existe no nojo e no sublime. Um mundo do avesso, absurdo e em decomposição, instala-se até sábado na Culturgest.

Foto

Na maior parte das salas, há elefantes que teimam em ser ignorados. Na Culturgest, em Lisboa, há uma mosca gigante que não admite que a ignorem. Sónia Baptista e o restante elenco de Wow, a peça que ali se instala entre esta quinta-feira e sábado, bem tentam livrar-se desta mosca – guardiã sagrada da decomposição que baixa sobre o grupo e que surge como objecto central da atracção e da repulsa que a coreógrafa e bailarina aplica ao nojo e ao sublime –, mas sem grande sucesso. Uma mosca destas, no entanto, não vem do nada.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar