O “profissionalismo” de Costa contra a “autenticidade” de Rio

António Costa leva slogans para os debates – “o mel e o fel” atirado ao Bloco de Esquerda, o “não é o Livre que nos livra da direita” dirigido a Rui Tavares, ou ainda “comigo o senhor não passa” lançado a Ventura. Rio “não entra num debate com respostas preparadas independentemente das perguntas”, diz um conselheiro.

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António Costa e Rui Rio prestes a iniciar o frente-a-frente realizado em 2019, antes das legislativas desse ano Pedro Nunes

António Costa foi buscar à sua reforma dourada um dos mais poderosos especialistas em comunicação política do país. Estava Luís Paixão Martins posto em sossego, em Monfortinho, e dos seus anos de trabalho colhendo doces frutos, quando aceitou o desafio: tentar repetir com António Costa aquilo que conseguiu com José Sócrates em 2005, uma maioria absoluta, o único cenário que o PS tem neste momento em cima da mesa. Logo a seguir a ter conseguido a primeira (e até agora nunca repetida) maioria absoluta para o PS com Sócrates, Luís Paixão Martins (LPM) foi o responsável de comunicação da eleição de Cavaco Silva como Presidente da República, em 2006. Mas no currículo de LPM não há só vitórias: também lhe coube organizar a campanha de 2015 com António Costa e essa não atingiu os objectivos.

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