Djokovic admite ter furado isolamento e lapso na declaração de entrada na Austrália

O tenista admite que deu entrevista ao jornal francês L´Équipe depois de saber que estava infectado, considerando que foi um “erro de julgamento”.

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EPA/JAMES ROSS

O tenista sérvio Novak Djokovic admitiu esta quarta-feira ter cometido “um erro de julgamento” ao ter estado presente numa entrevista quando devia estar em isolamento, depois de receber um teste de covid-19 positivo. Quanto aos erros nos documentos para entrar na Austrália, diz que foram preenchidos pela sua equipa e que, por “erro humano e certamente não deliberado”, foi dada uma informação incorrecta.

Num comunicado publicado na sua conta na rede social Instagram, para abordar o que diz ser “a desinformação sobre as suas actividades e presença em eventos em Dezembro”, Djokovic afirma ter feito um teste PCR a 16 de Dezembro, apesar de não ter sintomas e de ter um autoteste negativo, por precaução. Diz ainda só ter tido conhecimento do resultado um dia mais tarde, 17, já depois de ter participado num evento desportivo em que entregou prémios a crianças.

Apesar de Djokovic dizer que só teve conhecimento do resultado do teste no dia seguinte, os documentos submetidos no tribunal na Austrália dizem que ele foi testado e diagnosticado logo a 16 de Dezembro.

Já a entrevista foi concedida a 18 de Dezembro, quando devia estar em isolamento. “Senti-me obrigado a ir à entrevista com L'Equipe porque não queria desapontar o jornalista, mas mantive a minha distância social e a minha máscara facial, excepto durante a sessão fotográfica. Apesar de ter regressado a casa, para me isolar durante o período exigido, após reflexão, foi um erro de julgamento e aceito que deveria ter adiado o compromisso”, disse o atleta.

Djokovic sublinhou ainda que a declaração de entrada na Austrália foi preenchida pela sua equipa de apoio em seu nome, classificando o caso como um “erro administrativo” e “humano”, não deliberado.

O sérvio adiantou também que forneceu informação adicional ao Governo australiano sobre este assunto, num momento em que as autoridades continuam a considerar a possível revogação do seu visto, ou seja, a deportação daquele que é o número um do ténis mundial.

O comunicado não aborda as suspeitas sobre a autenticidade do teste positivo que lhe deu a entrada na Austrália para participar no Open, já que o tenista não é vacinado e é contra a vacinação obrigatória.

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