Station Eleven, a série que dá sinais para o ano e para um pós-pandemia

Nos próximos meses voltam Atlanta, Russian Doll, Better Call Saul ou os mundos de A Guerra dos Tronos e Senhor dos Anéis. Mas também haverá Sandman, David Simon e mais Bridgerton. Entretanto, uma série sobre uma pandemia mostra que (a nossa) podia ser pior.

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O primeiro episódio de Station Eleven foi a experiência mais perturbadora que um ecrã ofereceu recentemente a quem assina este texto. E isto vindo de quem viu uma matriarca napolitana a abocanhar selvaticamente uma mozzarella em A Mão de Deus de Paolo Sorrentino ou as sobreviventes de O Sexo e a Cidade tentar desesperadamente ser progressistas em And Just Like That... Experiência perturbadora porque avassaladora e desconfortável, desconcertante porque familiar — e por tudo isso altamente recomendável. Station Eleven, no original da HBO e do premiado livro que está na sua base, não é televisão difícil, nem sequer triste. É porém televisão sobre uma pandemia ainda pior do que a actual, mas que começa a mudar a vida do planeta mais ou menos da mesma forma que a covid-19. É uma sensação pós-traumática que só se pode prometer que será uma boa experiência televisiva em 2022. Porque “sobreviver não é suficiente”.

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