Covid-19. Portugal ocupa a 12.ª posição no ranking da dose de reforço na União Europeia

País administrou dose de reforço a 33,83% da população, valor que está acima da taxa de vacinação europeia.

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Dados são do Our World in Data Paulo Pimenta

Portugal ocupa a 12.ª posição na lista de países da União Europeia com maior percentagem de população vacinada com dose de reforço contra a covid-19. Segundo os dados mais recentes do Our World in Data, uma iniciativa da Universidade de Oxford que recolhe os dados de vacinação de todos os países, Portugal já administrou uma dose adicional da vacina a 33,83% da população, valor que, não sendo suficiente para o colocar o país nos lugares cimeiros desta lista, é superior à taxa de vacinação europeia (33,05%).

A liderar a lista de países da União Europeia com a maior percentagem da população com a dose de reforço encontra-se Malta, com 53,03% da população já inoculada, seguida da Dinamarca (52,54%) e Irlanda (47,82%).

Portugal é ainda ultrapassado por países como a Áustria (42,82%), Alemanha (42,49%), Bélgica (41,88%), Itália (38,39%), Grécia (37,94%), França (36,72%), Chipre (36,63%) e Hungria (34,11%).

PÚBLICO - Ranking da dose de reforço para a covid-19
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Ranking da dose de reforço para a covid-19 Infografia

A 22 de Dezembro, Portugal ocupava o 14.º lugar neste ranking, com os dados actuais a mostrarem que, em cerca de três semanas, Portugal conseguiu fazer chegar a dose reforço a mais 10,96% da população.

O país da União Europeia com o valor mais baixo permanece a Bulgária: os dados mais recentes do Our World in Data apontam para uma cobertura vacinal com dose de reforço na ordem dos 5,64% do total de população.

Na lista relativa à União Europeia, não estão contemplados os dados da Croácia, Estónia e Roménia, que ainda não têm qualquer valor reportado nesta base de dados.

Fora do universo dos 27 Estados-membros, podemos constatar que Gibraltar é a nação com maior percentagem de cobertura vacinal de reforço em todo o mundo (81,03%). O primeiro país europeu nesta lista, a Islândia, tem uma distância considerável para o líder isolado. A nação nórdica conta 53,03% de população vacinada.

Um dos países com menor taxa de vacinação de reforço no continente europeu é a Rússia, que tem ligeiramente mais do que 5% da população com dose adicional (5,14%).

O Quénia é o país com menor cobertura vacinal de reforço em todo o mundo, com apenas 0,09% da população com a dose adicional da vacina. O continente africano é, de resto, o último nesta contabilização, com uma taxa de vacinação de 0,09%.

Especialistas vincam importância

No final de Dezembro, foi notícia o abrandamento da vacinação de reforço junto dos mais idosos, depois de um ano de 2021 em que Portugal liderou por diversas vezes as tabelas de vacinação mundiais. Nessa altura, Miguel Prudêncio, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular (iMM), da Faculdade de Medicina na Universidade de Lisboa, sublinharia, em declarações ao PÚBLICO, a importância de acelerar este processo de imunização suplementar.

“Sabemos que os anticorpos neutralizantes contra a Ómicron aumentam muito significativamente a partir da dose de reforço. E são estes anticorpos que fazem com que o vírus seja incapaz de detectar as nossas células e que diminuem a probabilidade de ficarmos infectados”, esclareceu o investigador.

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