Com descida ligeira, a taxa de desemprego ficou nos 6,3% em Novembro

Número de desempregados baixou em 2,7 mil em relação a Outubro e em 40,8 mil face a Novembro de 2020.

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Há 621,4 mil cidadãos contabilizados no indicador de subutilização do trabalho Andreia Carvalho

A taxa de desemprego baixou de forma ligeira de Outubro para Novembro, de 6,4% para 6,3% da população activa, o mesmo valor de Agosto, de acordo com dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE).

As estimativas mensais, divulgadas nesta sexta-feira pelo serviço estatístico português, apontam para uma estabilização. Depois de uma descida de 7% para 6,8% entre Maio e Junho e de uma nova descida em Julho e Agosto para 6,6% e 6,3%, a partir daí as variações foram ténues. O desemprego ficou uma décima acima em Setembro e Outubro, nos 6,4%, voltando aos 6,3% agora em Novembro.

Os dados do INE para o mês de Novembro ainda são provisórios e poderão sofrer alterações quando, no próximo mês, o instituto fizer a revisão da estimativa desse mês e projectar uma primeira estimativa para o mês de Dezembro.

A população desempregada era de 326,9 mil em Novembro, o que, em termos absolutos, representa uma diminuição do número de desempregados em 2,7 mil face a Outubro. Quando se compara com Agosto, mês em que a taxa de desemprego era idêntica, há, porém, um agravamento no número de pessoas registadas no desemprego em 1,8 mil. Face a Novembro do ano anterior (2020), há uma redução do número de desempregados em 40,8 mil.

Em termos absolutos, a população desempregada aumentou em Setembro, “o que não acontecia desde Maio” e isso voltou a acontecer em Outubro, mas, já em Novembro, diz o INE, “voltou a observar-se um decréscimo neste indicador”. Foi o mês em que “a população inactiva registou o seu valor mais baixo dos últimos dez anos”, ao recuar para 2,5 milhões de pessoas (2505,4 mil, o que comparam com 2601,2 mil em Novembro de 2020).

De acordo com outros dados — do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) — os centros de empregos tinham 345,8 mil pessoas inscritas no final de Novembro, número que baixou pelo oitavo mês consecutivo.

O INE assinala que, com excepção do mês de Agosto, a população activa “tem observado variações mensais positivas desde Fevereiro” de 2021, havendo desde aí, ao mesmo tempo, um “crescimento mensal contínuo” da população empregada.

No penúltimo mês de 2021 havia 5,18 milhões de pessoas contabilizadas como população activa (2,6 milhões são homens e 2,57 são mulheres). Neste universo, 4,86 milhões são adultos e 324,2 mil são jovens (dos 16 aos 24 anos). A taxa de actividade é de 71,1% entre os homens e de 64,2% entre as mulheres. Nos jovens considerados naquela faixa etária, é de 32,6%. Nos adultos, é de 72,7%.

Entre os cerca de 327 mil desempregados, 72 mil são jovens. A taxa de desemprego nesta faixa etária é de 22,1%, muito superior à taxa geral de desemprego.

Os 327 mil desempregados são apenas uma parte do universo de pessoas que estão sem trabalho ou que não têm um horário completo em Portugal. O INE calcula que a subutilização do trabalho abrange 621,4 mil cidadãos, segundo os dados relativos a Novembro.

Este é um indicador que, além de contabilizar as pessoas registadas como desempregadas, inclui as pessoas que trabalham a tempo parcial (140,9 mil), os inactivos disponíveis mas que não procuram emprego nas quatro semanas anteriores ao inquérito do INE (130,1 mil) e os inactivos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar imediatamente nas duas semanas seguintes (23,5 mil).

A taxa de subutilização é de 11,7% (igual à de Outubro) está num patamar mais baixo do que no ano anterior, comparando com a taxa de 14% que se registava em Novembro de 2020.

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