Cazaquistão

Protestos violentos no Cazaquistão deixam "dezenas" de mortos

Estão em curso várias operações “antiterroristas” no território depois de vários dias de protestos inéditos neste país da Ásia Central.

A terceira noite consecutiva de protestos violentos e motins em Alma-Ata, a antiga capital e a maior cidade do Cazaquistão, terminou com “dezenas” de mortos. A Reuters cita a televisão estatal do país da Ásia Central, que diz que os manifestantes mataram 12 agentes da polícia.

Em declarações à Khabar-24, uma televisão local, na madrugada desta quinta-feira, uma porta-voz da polícia cazaque revelou que os seus agentes “eliminaram” membros das “forças extremistas” que se juntaram na maior praça da cidade.

O Cazaquistão atravessa um período de enorme tensão social, provocada pela subida dos preços dos combustíveis.

A instabilidade levou o Presidente Kassim-Jomart Tokaiev a assumir a chefia do conselho de segurança estatal – afastando Nursultan Nazarbaiev, o primeiro chefe de Estado do país, considerado “pai da nação” – para responder a uma ameaça que diz estar a ser liderada por “gangues terroristas”.

O actual presidente fez um pedido formal de ajuda à Organização do Tratado de Segurança Colectiva (OTSC), que confirmou, na quarta-feira à noite, o envio de uma força de manutenção de paz – que deverá chegar ao território a qualquer momento.