Presidente da República cancela viagens a Moçambique e ao Dubai

Casos de covid-19 entre as autoridades dos dois países leva a mudança de planos. Marcelo deverá visitar Moçambique pela terceira vez na Primavera.

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Marcelo almoçou com representantes do Parlamento Rui Ochôa/Presidência da República

O Presidente da República cancelou as duas deslocações ao estrangeiro que tinha previsto fazer este mês, a Moçambique e ao Dubai, devido a existirem casos de covid-19 entre as autoridades dos dois países, apurou o PÚBLICO.

O anúncio do cancelamento da viagem a Moçambique foi feito pelo próprio Marcelo Rebelo de Sousa aos representantes do Parlamento que esta quinta-feira foram a Belém apresentar os tradicionais cumprimentos de Ano Novo ao chefe de Estado, como revelou Ferro Rodrigues pouco depois na Assembleia da República.

No início dos trabalhos da reunião da Comissão Permanente – órgão que substitui o plenário na sequência da dissolução do Parlamento –, depois da deputada Maria da Luz Rosinha ter anunciado a entrada de um projecto de resolução para autorizar a deslocação do chefe de Estado português a Moçambique, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, deu nota do cancelamento: “Devo dizer, por uma questão de lealdade, que o senhor Presidente da República há bocadinho informou em geral todos aqueles que estávamos a almoçar que não poderia ir a esta deslocação porque, segundo foi dito, a covid atingiu fortemente as entidades do estado de Moçambique”.

Ainda assim, o pedido enviado ao Parlamento seria votado, uma vez que se espera que a visita oficial a Moçambique, inicialmente prevista para decorrer entre 20 e 23 deste mês (em plena campanha eleitoral em Portugal), possa realizar-se na Primavera.

Cancelada por motivos idênticos foi também a deslocação ao Dubai entre 12 e 15 de Janeiro, onde o Presidente iria marcar presença na Expo 2020 no dia de Portugal.

“Geringonça” à mesa

O Presidente da República ofereceu, esta quinta-feira, um almoço aos representantes da Assembleia da República no Picadeiro Real, antigo Museu dos Coches, no Palácio de Belém. O encontro, que decorreu à porta fechada, serviu para receber os tradicionais cumprimentos de Ano Novo, este ano adiados para o Dia de Reis, por motivos de agenda.

Na mesa de Marcelo Rebelo de Sousa deviam estar o presidente e os quatro vice-presidentes da Assembleia da República (AR), mas a ausência de Fernando Negrão (PSD) levou a que ali se sentassem apenas deputados dos partidos da “geringonça”.

O almoço, para o qual foram convidados também os líderes dos grupos parlamentares, deputados únicos e deputados não inscritos, contou com a presença dos líderes das sete bancadas, o deputado da IL e representantes dos secretários e vice-secretários da Mesa da AR, assim como o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, num total de cerca de 15 pessoas distribuídas por três mesas.

No início do almoço, Ferro Rodrigues e Marcelo Rebelo de Sousa disseram algumas palavras de circunstância antes do brinde de Ano Novo, apurou o PÚBLICO. Este ano, em vésperas de eleições legislativas, o evento foi fechado à comunicação social e os representantes dos partidos não fizeram declarações.

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