Escolas reabrem sem confinamento de turmas

Só alunos com covid-19 e irmãos terão de se confinar a partir de agora. Para já, Governo não vai agravar medidas de prevenção de contágios de covid-19.

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O primeiro-ministro, António Costa, preside ao Conselho de Ministros LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O Conselho de Ministros vai assumir a reabertura das escolas na segunda-feira, dia 10, como estava previsto, e o Governo considera que há condições de o ensino ser menos afectado devido às novas regras aprovadas esta quarta-feira pela Direcção-Geral de Saúde (DGS) em relação aos confinamentos por causa dos contágios por covid-19.

A partir de agora só é considerado contacto de alto risco sujeito a confinamento quem coabita com o doente de covid-19 e não recebeu ainda a terceira dose da vacina, explicou ao PÚBLICO um membro do Governo, frisando que “acabou o confinamento de turmas”. O responsável governativo clarifica assim o impacto sobre as escolas das medidas aprovadas pela DGS.

Na reunião desta quinta-feira, o Governo vai também decidir sobre a manutenção ou não das regras em vigor, nomeadamente a exigência de testes e de certificado de vacinação para ter acesso a alguns espaços, por exemplo, aeroportos.

Mas não será aprovado nenhum agravamento de medidas. Tanto mais que, depois da reunião no Infarmed, ficou claro que os especialistas apenas aconselham um aumento de restrições, se for atingido o estado de alerta nas unidades de cuidados intensivos, sublinhou o mesmo governante.

Quanto ao funcionamento das escolas, o impacto da mudança das regras do confinamento não é tanto pelo facto de o confinamento ter baixado de dez para sete dias. A mudança que tem implicação directa nas escolas é a alteração do conceito de contacto de alto risco, que passa agora a ser apenas quem coabita com o doente de covid-19.

Assim, se um aluno for diagnosticado com esta infecção, apenas ele fica em confinamento e não os colegas de turma. É claro que, se o aluno com covid-19 tiver um ou mais irmãos na mesma ou noutra escola, estes têm de ficar confinados, porque pertencem ao mesmo núcleo de coabitação, acrescenta o membro do Governo ouvido pelo PÚBLICO.

Por outro lado, a confiança do Governo no melhoramento das condições de funcionamento das escolas tem que ver com mais duas medidas que estão previstas. “Nas duas próximas semanas vai ser lançada uma nova operação de testagem nas escolas”, salienta o mesmo governante.

Isto, além de que está programada para os dias entre 6 e 9 de Janeiro uma campanha de vacinação de pessoal docente e não docente do ensino, em regime de casa aberta com inscrição por senha digital. E ainda uma segunda leva de vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos, para a qual há já mais de 148 mil inscritos, salientou o mesmo membro do Governo.

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