Sobrinha de quatro anos de George Floyd foi atingida por um tiro enquanto dormia

Polícia de Houston está a investigar ataque à casa de Arianna Delane na noite de passagem de ano, mas não tem suspeito nem motivo do crime. Criança está hospitalizada, mas estável.

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Manifestação de solidariedade com a família de Floyd durante o julgamento do polícia responsável pela sua morte OCTAVIO JONES/Reuters

Arianna Delane, sobrinha de George Floyd – o cidadão afro-americano cuja morte às mãos da polícia de Mineápolis, em Maio em 2020, provocou uma onda nacional e mundial de manifestações anti-racismo e contra a violência policial –, de apenas quatro anos, foi atingida por um tiro na madrugada de sábado, informou a polícia de Houston na terça-feira à noite.

O ataque à casa onde a criança dormia, na região Sudoeste da cidade do estado norte-americano do Texas, aconteceu por volta das 3 horas da madrugada do primeiro dia do ano.

A polícia revelou não ter ainda um suspeito ou um motivo do crime. Sabe apenas que foram disparados vários tiros em direcção ao apartamento.

Para além de Arianna, estavam quatro adultos e uma criança na casa.

Arianna foi atingida na zona do tronco, enquanto dormia. A bala provocou-lhe danos num pulmão, no fígado e em três costelas, mas, segundo a ABC 13 Houston, foi operada e encontra-se, de momento, estável, num hospital de Houston.

“A minha filha saltou e disse: ‘Papá fui atingida’. E eu fiquei em choque, até ver o sangue e aí percebi que a minha filha de quatro anos tinha mesmo sido atingida”, contou, horrorizado, Derrick Delane, pai da criança, à estação televisiva local.

“Porque é que a minha casa foi atacada? A minha filha não sabe. Eu não lho consigo explicar. Como pai, é suposto protegermos os nossos filhos”, lamentou Derrick, que também não encontra motivos para o ataque e que revelou que a polícia só chegou ao local quatro horas depois de ter recebido o alerta.

Troy Finner, chefe da polícia de Houston, garante que, tanto o crime, como o tempo que os agentes demoraram a chegar à casa da família Delane, fazem parte do inquérito policial, entretanto aberto.

“Estou a par e tenho questões a fazer sobre o tempo demorado de resposta ao incidente e abri uma investigação nos Assuntos Internos [do departamento policial]. Peço à cidade que continue a rezar pela recuperação total da criança e que nos ajude, fornecendo informações que possam levar à detenção do suspeito ou dos suspeitos responsáveis”, afirmou Finner, num comunicado.

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