“Vacina” é a palavra do ano

Palavra foi escolhida por 15 mil pessoas, quase metade do universo de votantes.

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Gregório Cunha

Com 45% dos votos, cerca de 15 mil, “vacina” venceu a sua concorrente mais directa na corrida a Palavra do Ano, “resiliência” (30%), termo que a pandemia de covid-19 e o megapacote financeiro de Bruxelas acabaram por impor no vocabulário do dia-a-dia.

O alívio que para a esmagadora maioria dos portugueses trouxe a vacina contra o SARS-CoV-2, aliado ao sucesso da primeira fase do processo de vacinação, pode ajudar a explicar o primeiro lugar no pódio.

De acordo com o comunicado da Porto Editora, que promove a votação, apesar de 2021 ter sido ainda um ano muito marcado pela crise sanitária mundial e pelo impacto que teve nas economias, a lista não deixa de fora a realidade nacional.

Com 9,2% dos 35 mil votos totais ficou “teletrabalho”, seguindo-se-lhe as palavras “bazuca” (6,5%), “criptomoeda” (2,9%), “podcast” (1,9%), “orçamento” (1,4%), “mobilidade” (0,9%), “apagão” (0,7%) e “moratória” (0,6%).

“Vacina” sucede, assim, a “saudade”, palavra eleita em 2020, deixando em segundo e terceiro lugares “covid-19” e “pandemia”, e passa a integrar uma lista que reflecte, sobretudo, acontecimentos com impacto nacional: “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014), “geringonça” (2016) e “incêndios” (2017). Em 2019, a palavra do ano foi um dois-em-um: “violência doméstica”.

A Palavra do Ano é uma iniciativa que o grupo Porto Editora realiza desde 2009, ano em que a escolhida foi “esmiuçar”.

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