Marcos viveu 12 anos entre lobos, mas os seus predadores foram humanos

Na década de 1950, um rapaz de sete anos ficou sozinho numa serra do Sul de Espanha. Cansado de maus-tratos, não tentou voltar para junto das pessoas. Acabou “adoptado” por uma família de lobos, com quem cresceu até ser levado à força, aos 19 anos. Na dura reinserção na sociedade, foi enganado por muitos, mas também ajudado pelos que se fascinaram com a sua história, contada em livro, filmes, documentários, palestras e muita imprensa. Atravessou meia Espanha até se fixar numa aldeia próxima de Portugal, sem nunca deixar de ser um menino-lobo.

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Marcos Rodríguez Pantoja, o menino-lobo Francisco Fernandes Ferreira

“Foi o dia em que tive mais medo na minha vida, mas também foi o mais feliz.” Na sala de sua casa, Marcos Rodríguez Pantoja recorda o momento da infância em que uma loba o encontrou a dormir com a ninhada dela no covil. De tanto contar o episódio, o septuagenário já o faz no ritmo dos grandes narradores, mesmo os analfabetos como ele.

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