Testes à covid-19 continuam a ser grátis em Janeiro, mas passam de seis para quatro por mês

A partir deste sábado, a comparticipação de testes de despiste da covid-19 nas farmácias e laboratórios volta a ser limitada a quatro testes por pessoa. Durante Dezembro, portugueses puderam fazer seis testes grátis.

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Centro de testagem à covid-19 no Porto Nelson Garrido

O número de testes rápidos de antigénio grátis à covid-19, comparticipados pelo Estado, volta a ser limitado a quatro por mês, segundo explica o Instituto de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) num comunicado em que também dá conta de que Portugal fez mais de 400 mil testes no penúltimo dia do ano, um novo máximo. Esta diminuição já estava prevista na norma que oficializou a medida tornada pública no fim de Dezembro em Diário da República.

Durante o mês de Dezembro, o Governo alargou o número de testes grátis por mês e por pessoa para seis, dada a aproximação do período festivo e o aumento de casos diários que já se fazia sentir. Nessa altura, a presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Ema Paulino, explicou que esta medida de aumento do número de testes era “justificada tendo em conta a época natalícia”, altura em que, por exemplo, se realizam “mais visitas a pessoas institucionalizadas” em lares, com a obrigatoriedade de um teste negativo.

Também o primeiro-ministro, António Costa, disse que Portugal devia manter a estratégia de testagem “massiva”. “Perante os riscos de agravamento da situação com esta variante Ómicron e enquanto não concluirmos significativamente o processo de reforço da vacinação, adoptamos até 10 de Janeiro estas medidas. Por isso, para além de mais máscaras, mais vacinação, mais testes e mais controlo de fronteiras, acrescentamos mais teletrabalho, mais limitação nos contactos, mais uma semana de contenção e mais apoios à família e empresas”, explicou António Costa durante a conferência de imprensa do Conselho de Ministros.

O PÚBLICO questionou o INSA sobre se, dado o aumento de casos diários de covid-19 dos últimos dias, é esperado que o número de testes grátis possa ser novamente alargado, mas não recebeu resposta até à publicação desta notícia.

A apresentação de testes (PCR, antigénio ou auto-testes) continua a ser obrigatória para entrada em estabelecimentos turísticos e alojamento local, para ir a eventos familiares como casamentos e baptizados, assim como para eventos empresariais, medida em vigor desde 25 de Dezembro. Os testes continuam a ser necessários para visitas a lares e visitas a doentes em estabelecimentos de saúde. Quem quiser assistir a eventos culturais também vai ter de apresentar teste negativo. A mesma medida passa a ser aplicada a todos os recintos desportivos, independentemente da lotação.

Os testes rápidos de antigénio (TRAg) nos laboratórios e farmácias que aderiram ao regime excepcional de comparticipação voltaram a ser gratuitos desde 19 de Novembro, face ao aumento de casos de infecção registados no país. Cerca de 1250 farmácias estão a fazer TRAg de uso profissional gratuitos, 1071 das quais no âmbito da comparticipação do Serviço Nacional de Saúde e as restantes ao abrigo de protocolos com diversas autarquias. Algumas câmaras, como a do Porto, também disponibilizam centros de testagem à covid-19.

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