China acusa os EUA de quererem dominar o espaço mas tem a mesma ambição

A reacção dura de Pequim depois de a sua estação espacial ter sido obrigada a manobras para evitar satélites de Elon Musk visa sublinhar as suas preocupações com a militarização e o armamento do espaço. Só que os chineses parecem fazer o que criticam.

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Em 2020, um satélite da SpaceX já se tinha aproximado demasiado da Estação Espacial Internacional EPA

A China queixou-se esta semana dos Estados Unidos, defendendo que o país não está a cumprir as suas obrigações como signatário do Tratado do Espaço. Isto porque satélites da constelação Starlink, do milionário Elon Musk, estiveram por duas vezes perto de atingir a estação espacial chinesa. Considerando que os incidentes constituíram “riscos para a vida ou saúde dos astronautas a bordo da Estação Espacial da China”, Pequim pediu ao Gabinete da ONU para o Espaço Exterior que recorde aos membros do Tratado a sua “responsabilidade internacional por actividades no espaço exterior, […] sejam estas levadas a cabo por agências governamentais ou entidades não-governamentais”.

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