Permitem-nos votar?

Seria bom que partidos da oposição, Presidente da República, associações de cidadania, párocos de aldeia, delegados de turma – enfim, qualquer pessoa ou instituição com influência política ou cívica – exigissem ao Governo mais soluções para toda a gente votar a 30 de janeiro.

A irresponsabilidade e leviandade do Governo, dos partidos que até agora o apoiaram e do Presidente da República, exposta na crise política pelo chumbo do Orçamento de Estado para 2022, resultou nisto: vamos ter eleições legislativas dentro de um mês, mesmo no meio da vaga de covid da variante mais contagiosa até agora. É certo que estamos quase todos vacinados, muitos já com a dose de reforço, e a covid da subestirpe Ómicron aparentemente é mais suave que as suas primas anteriores. Contudo, o risco de contágio nas filas dos locais de voto não é negligenciável, e fará muitas pessoas pensarem duas, três ou quatro vezes se valerá a pena ir votar. Por outro lado, prevê-se um número significativo de pessoas confinadas – por diagnóstico de covid ou contactos de risco – no dia das eleições.

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