Metro do Porto admite forte impacto da greve convocada para esta quinta-feira

Deslocações pendulares asseguradas por alternativa em autocarro. Adeptos sem metro para chegar ao Dragão em noite de Porto-Benfica.

Foto
Muitos veículos vão ficar parados devido à terceira paralisação dos trabalhadores da ViaPorto Nelson Garrido

A operação no metro do Porto vai estar “fortemente condicionada” na quinta-feira devido a uma greve dos maquinistas, alertou hoje a empresa. Em consequência da paralisação, a operadora anuncia o encerramento de cinco linhas (Azul, Vermelha, Verde, Violeta e Laranja), bem como circulações pontuais na linha de Gaia (Amarela) e no tronco comum entre as estações Senhora da Hora e Campanhã.

“A capacidade de transporte será muito limitada, não obstante serem desenvolvidos todos os esforços no sentido de minimizar os impactos”, explica a empresa em comunicado. Uma das estações que vai estar encerrada é a do Dragão, pelo que os interessados em presenciar o jogo de futebol da Liga Portugal entre FC Porto e SL Benfica (21h) devem recorrer à rede rodoviária (STCP e operadores privados) para se deslocarem ao estádio, indica o comunicado.

Como forma de minimizar os efeitos da greve, a empresa Metro do Porto vai disponibilizar um serviço de transportes alternativos em autocarro nos segmentos principais das linhas Vermelha e Verde. Assim, entre as 6h de quinta e a 1h de sexta-feira, haverá autocarros disponíveis para clientes portadores de título Andante entre a Póvoa de Varzim e a Senhora da Hora (Linha Vermelha), com paragens nas estações de Metro da Póvoa, Vila do Conde e Senhora da Hora. De igual modo, no segmento entre o Fórum Maia e o ISMAI existirá um serviço de autocarros em vaivém, com paragem naquelas duas estações.

A greve à prestação de todo e qualquer trabalho foi convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMaq), em representação dos trabalhadores da ViaPorto, subconcessionária operacional do metro do Porto, para o período entre as zero e as 24h de quinta-feira. No pré-aviso desta greve, a terceira em apoio da “valorização efectiva das carreiras de condução e regulação", o SMaq acusa a ViaPorto de assumir uma posição de “intransigência” e de “querer impor unilateralmente, de forma administrativa, aumentos que não são mais do que migalhas, desconsiderando todo o processo negocial anterior”.

Se a empresa não voltar à mesa negocial, avisa, “nada mais resta do que continuar e agravar as acções de luta. Fica assim claro que quem está a apostar no conflito é a ViaPorto em prejuízo dos utentes do sistema de metropolitano ligeiro da Área Metropolitana do Porto e da empresa concessionária, a empresa pública Metro do Porto”.

Referindo-se a serviço mínimos para este dia de greve, o SMaq diz ter recusado uma proposta da empresa para se garantir 50% da circulação. O SMaq diz, contudo, que “permanece aberto à negociação desde que exista boa-fé e vontade negocial”.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários