OMS: tratamentos com anticorpos monoclonais são menos eficazes com a variante Ómicron

A OMS indica que os outros dois tratamentos recomendados para a covid-19 – com corticosteróides e antagonistas dos receptores da interleucina-6 – continuam a ser eficazes nos doentes críticos.

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Os tratamentos com anticorpos monoclonais são menos eficazes na neutralização da variante Ómicron Pedro Nunes/Reuters

Os tratamentos com anticorpos monoclonais, até agora recomendados para doentes graves com covid-19 ou em risco de hospitalização, são menos eficazes na neutralização da variante Ómicron do coronavírus, revelou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No novo relatório epidemiológico semanal, a OMS indica que os outros dois tratamentos recomendados para a covid-19 – com corticosteróides e antagonistas dos receptores da interleucina-6 – continuam a ser eficazes nos doentes críticos. A OMS insiste que dados preliminares em países afectados pela variante Ómicron, como Reino Unido, África do Sul ou Dinamarca, sugerem um risco menor de hospitalização do que com a variante Delta.

Os testes de diagnóstico, tanto os PCR quanto os testes antigénio, não parecem perder eficácia com a nova variante, reitera a OMS, que ainda não divulga informações sobre o comportamento das vacinas com a nova variante, pois o relatório é mais sucinto do que em anteriores semanas por causa dos feriados do Natal.

O documento também não apresenta estatísticas sobre a percentagem de casos da variante Ómicron em amostras de laboratório, que há duas semanas era de apenas 0,1% e na semana passada atingiu os 1,6%, embora se espere que a percentagem aumente rapidamente, pois em muitos países a nova variante já é dominante.

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