Mais 60 militares vão reforçar equipas para inquéritos epidemiológicos

Forças Armadas vão ceder militares para reforçar equipas de rastreamento do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo. Cada equipa conta com 15 militares, que vão iniciar funções nos próximos dias. Actualmente, 270 militares estão já a ajudar nos inquéritos epidemiológicos.

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Desde Novembro de 2020 que as Forças Armadas estão a apoiar o Serviço Nacional de Saúde, na realização de contactos prévios e inquéritos epidemiológicos Rui Gaudencio

As Forças Armadas vão reforçar “nos próximos dias” o pessoal afecto aos inquéritos epidemiológicos com quatro equipas, 60 militares no total. A informação foi confirmada ao PÚBLICO pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas esta terça-feira.

“Na sequência dos pedidos das Administrações Regionais de Saúde (ARS) Norte e Lisboa e Vale do Tejo (LVT) realizados ao Estado-Maior-General das Forças Armadas, no dia 24 de Dezembro, foram activadas mais quatro equipas, duas para reforçar a ARS Norte e duas para reforçar a ARS LVT, que iniciarão funções nos próximos dias, sendo cada equipa constituída por 15 militares”, refere aquela força militar em resposta escrita.

Até ao momento, estão empenhados nos inquéritos epidemiológicos 270 militares da Marinha, Exército e Força Aérea, divididos por 18 equipas, estando a operar em apoio às ARS do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, e às Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

Conforme o PÚBLICO noticiou na semana passada, as Forças Armadas têm disponíveis mais de 300 militares em prontidão para começar a exercer funções no âmbito dos inquéritos epidemiológicos.

O Estado-Maior-General das Forças Armadas recorda também que “as Forças Armadas estão a apoiar o Serviço Nacional de Saúde, na realização de contactos prévios e inquéritos epidemiológicos, desde Novembro de 2020 e no agendamento de vacinas desde Março de 2021”.

ARS de Lisboa e Vale do Tejo conta com cinco equipas de militares

De acordo com a ARS de Lisboa e Vale do Tejo, “o protocolo existente com as Forças Armadas prevê o reforço das equipas de inquéritos epidemiológicos sempre que há acréscimo de casos positivos de covid-19”.

“Actualmente estão a colaborar com o Departamento de Saúde Pública de Lisboa e Vale do Tejo cinco equipas de militares - por dia operam dez militares de cada vez por equipa para poderem fazer rotação entre si. As Forças Armadas já transmitiram a disponibilidade de mais duas equipas, que estão a receber formação a partir de hoje [segunda-feira] e ao longo desta semana”, adianta ainda a ARS em resposta ao PÚBLICO.

Além dos militares, as equipas de inquéritos epidemiológicos foram recentemente reforçadas com 20 profissionais da área da Saúde e estima-se que em breve haverá novo reforço, como confirma a mesma entidade de saúde.

A linha SNS24 bateu no domingo o recorde diário de requisições para testes à covid-19 emitidas, com um total de 22.103, segundo dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). Nesse sentido, “para reforçar a qualidade do serviço, foram tomadas, em estreita articulação com a DGS [Direcção-Geral da Saúde] e o operador Altice Portugal, um conjunto de medidas”, entre elas a abertura de novos call center “para beneficiar de recursos humanos disponíveis noutras regiões”, como referiram os SPMS num comunicado de imprensa.

Os mesmos dados apontam igualmente a “formação e contratação de novos profissionais”, perfazendo um total de 5000, maioritariamente enfermeiros, mas também psicólogos, farmacêuticos, médicos-dentistas, administrativos, intérpretes de Língua Gestual Portuguesa e estudantes de medicina do sexto ano, e a “diversificação das categorias dos profissionais e das respectivas tarefas para optimizar o atendimento na linha”.

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