Uma gen Z num dia sem Internet

Em 2021 cumprem-se 30 anos desde que a Internet chegou a Portugal. Se os mais velhos se lembram bem da vida pré-cibernética, há quem sempre tenha vivido com ela na mão.

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Alice Pacheco, estudante de mestrado em Gestão, tem 23 anos e é gen Z em todo o seu esplendor. Recorda-se pouco da vida sem Internet generalizada em casa, mas consegue precisar memórias de quando ainda não a tinha disponível sempre na mão. "Lembro-me de estarmos em casa da minha madrinha e estarmos os cinco primos à vez - só havia um computador fixo - a ir regar as plantinhas ao Farmville."

Se, durante os primeiros anos, a Internet servia exclusivamente para jogar jogos, tudo mudou no 10.º ano, quando Alice recebeu um iPhone. E mudou ainda mais quando surgiram redes sociais como o Snapchat, Instagram e WhatsApp. Agora, quando pega no telemóvel, é como se os dedos tivessem memória muscular.

E se acredita que a Internet veio facilitar a vida das pessoas, acredita também que é muito fácil perder-se nela e que é preciso ponderar a sua utilização. Mas este equilíbrio é mais fácil na teoria do que na prática, especialmente para alguém da geração Z, que sempre esteve a um clique ou toque de qualquer informação. Por isso, quando o P3 lhe propôs passar 24 horas offline, Alice achou que era a oportunidade ideal para "conhecer toda outra vida além da Internet", ou não gostasse ela de um bom desafio.

Depois da experiência, lançou o desafio às amigas: "Temos de fazer isto uma vez por mês. Detox!".