Coimbra quer dar “um primeiro palco” a músicos emergentes — e as inscrições estão abertas

Para terem oportunidade de contactar com a indústria musical, foi lançada a iniciativa Música Independente de Coimbra (MIC). O projecto destina-se “a artistas e grupos emergentes da região” e as candidaturas podem ser submetidas até 29 de Junho de 2022.

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Adriano Miranda

A produtora Blue House, em colaboração com o Convento São Francisco, lançou a convocatória para o Música Independente de Coimbra (MIC), um projecto que pretende dar “um primeiro palco” a artistas e grupos emergentes da região, foi anunciado esta quinta-feira, 23 de Dezembro.

A iniciativa, inserida no âmbito do ciclo de showcases “Café Curto”, que arrancou em Outubro de 2020 no Convento São Francisco, tem aberta uma convocatória para projectos com músicas originais, que vão integrar a agenda de 2022 do ciclo, afirmou a produtora de Coimbra Blue House, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Para além da possibilidade de os projectos seleccionados poderem tocar no Café Concerto do Convento São Francisco, os grupos vão poder participar em oficinas formativas de introdução à indústria musical, gravar um tema original no estúdio da Blue House, produzir um videoclip e realizar uma sessão fotográfica, acrescentou.

Apenas podem inscrever-se na convocatória projectos cujos elementos tenham mais de 16 anos e sejam naturais ou residentes de um dos 19 municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, referiu a produtora. As inscrições estão abertas até 29 de Junho de 2022 e serão seleccionados entre quatro a sete projectos.

A ideia de criar o MIC surgiu a partir do Café Curto, ciclo onde já foram realizados mais de 30 concertos, muitos deles de artistas emergentes que tiveram ali um primeiro momento de apresentação dos seus projectos, contou Ricardo Jerónimo, um dos responsáveis da Blue House.

“Pareceu-nos que este projecto seria um bom complemento e, em vez de ter apenas algumas datas com projectos que vão literalmente estrear-se, irmos para além disso”, frisou. A iniciativa acaba por ir mais longe, dando “as ferramentas para capacitar músicos que estão a começar um projecto”.

“Por estarem a começar, se calhar não têm um videoclipe, não têm uma música gravada, não têm uma sessão fotográfica”, notou Ricardo Jerónimo, salientando que o MIC pode ajudar a lançar a carreira musical de projectos embrionários.

Segundo o responsável, não há qualquer limitação de géneros artísticos, mas as candidaturas devem ter em conta uma formação e tipo de som que se adapte ao Café Concerto do Convento São Francisco.

O projecto está fechado para o primeiro semestre de 2022, mas Ricardo Jerónimo sublinhou que esta é uma iniciativa que pretendem que tenha continuidade para lá do próximo ano.

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