Historiador Esmat Elhalaby vence primeira edição do Prémio Amílcar Cabral

Investigador da Universidade de Toronto é especializado em História do Médio Oriente e do sul da Ásia.

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O historiador Esmat Elhalaby está ligado à Universidade de Toronto, Canadá NYU/Abu Dhabi

O historiador Esmat Elhalaby, da Universidade de Toronto, Canadá, venceu a primeira edição do Prémio Amílcar Cabral, anunciaram esta segunda-feira o Instituto de História Contemporânea e o Padrão dos Descobrimentos, co-organizadores da iniciativa.

Esmat Elhalaby, de ascendência palestiniana, especializado em História do Médio Oriente e do sul da Ásia, venceu o prémio com o artigo Empire and Arab Indology, publicado na revista Modern Intellectual History, do universo da Cambridge University Press.

Segundo o júri, o artigo “apresentava uma abordagem particularmente inovadora a um tema pouco estudado, o percurso de Wadi'Al-Bustani, advogado, activista, poeta, tradutor e comentador de obras canónicas da indologia para o árabe”.

Foram ainda atribuídas menções honrosas a Oliver Crawford, da London School of Economics, e a Ismay Milford, da Universidade de Edimburgo.

O Prémio Amílcar Cabral foi criado este ano pelo Instituto de História Contemporânea, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e o Padrão dos Descobrimentos, para reconhecer estudos científicos sobre “as resistências anticoloniais” desde o século XV até à actualidade.

O prémio consiste numa bolsa de investigação em Lisboa, destina-se a investigadores de qualquer nacionalidade de universidades portuguesas ou estrangeiras que estudem e produzam conhecimento, através de um artigo de investigação histórica, “sobre qualquer temática e problemática relativa à história das resistências anticoloniais e dos impérios coloniais”, refere a organização.

A primeira edição do Prémio Amílcar Cabral foi “anunciada simbolicamente a 10 de Junho”, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, pela EGEAC, a empresa municipal que gere os equipamentos culturais de Lisboa, incluindo o Padrão dos Descobrimentos.

O júri da primeira edição do prémio é composto pelo antropólogo António Tomás (Universidade de Joanesburgo), pelo historiador Francisco Bethencourt (King's College London) e a investigadora em estudos pós-coloniais Manuela Ribeiro Sanches (Instituto de História Contemporânea).

O prémio foi baptizado com o nome do político e intelectual Amílcar Cabral (1924-1973), um dos fundadores do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), um homem que “contribuiu de forma singular para o fim do colonialismo europeu em África”.

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