Carlos Brito: “Gostaria que o PCP chegasse à fala com os renovadores”

Histórico dirigente comunista, hoje “marxista não leninista”, Carlos Brito acredita que o partido que deixou há quase 20 anos travará o declínio eleitoral, se dialogar com quem o tentou renovar. Também não acredita que o país regresse às políticas progressistas sem embarcar na “geringonça”. De resto, “a luta continua”.

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Aos 88 anos, a recuperar de largos meses de hospitalização, Carlos Brito está de regresso à escrita que cultiva, à esquerda onde reside e a Alcoutim onde milita, numa casa debruçada sobre o Guadiana. Continua a usar expressões como “condições objectivas” e “correlação de forças” e refere-se ao PCP como “o partido”, como um militante tradicional. “Suspensão”, a sanção que lhe foi aplicada pelo PCP, é a única palavra que lhe torna o discurso hesitante, talvez por lhe estar atravessada na garganta. Gostava de receber um telefonema do PCP, mas não será fácil — o impulso de criticar o partido onde foi quase tudo já não é novo, mas não esmoreceu.

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