Faltou a cereja no final de época de Borges

Tenista português não conseguiu concluir 2021 com a vitória desejada, na Maia.

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Uma derrota dolorosa no derradeiro encontro da época não apagou o excelente ano que Nuno Borges protagonizou no circuito profissional, em especial nas últimas semanas. Depois de conquistar o primeiro título no ATP Challenger Tour, Borges encerrou a época em casa, participando nos dois torneios realizados na Maia, mas não logrou concluir 2021 com a vitória desejada.

Na final do Maia Open II, challenger da categoria 80, Borges foi derrotado pelo ex-número um mundial de juniores Chun-hsin Tseng, nascido há 20 anos em Taipé, por 5-7, 7-5 e 6-2. “Foi um bom jogo. Poderia ter entrado melhor no segundo set depois do ascendente que tive no final do primeiro. No terceiro set já me senti desgastado e ele esteve muito bem”, resumiu Borges, após a terceira final da carreira no Challenger Tour (foi finalista em Oeiras, em Abril, e campeão em Antália, há duas semanas).

Graças a estes resultados recentes, o tenista de 24 anos, que em Janeiro estava fora do top 400, tem garantida a entrada no top 200, passando a ser o terceiro melhor tenista português no ranking mundial. E assegurou ainda a presença no qualifying do Open da Austrália, que irá assinalar a sua estreia em torneios do Grand Slam. Recompensas para o primeiro ano completo no circuito profissional, em que realizou 73 encontros de singulares, a somar aos 50 em pares.

“Foi um ano muito positivo. Consegui consolidar-me neste nível challenger, aproveitei muito bem o que joguei e sinto-me no caminho certo”, frisou Borges, após um 2021, em que coleccionou um título de singulares e seis de pares no Challenger Tour.

No sábado, Borges e Francisco Cabral ergueram o sexto troféu ao derrotar, na final do Maia II, o polaco Piotr Matuszewski e o austríaco David Pichler, por 6-4, 7-5.

Para Chun-hsin Tseng, que chegou à Maia no 232.º lugar, este foi o seu primeiro título no Challenger Tour, que lhe permitirá ascender ao 188.º posto, seis à frente de Borges.

Para 2022, tanto Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, como João Maio, director do Maia Open, partilharam a intenção de elevar o nível do torneio. “A intenção da Câmara Municipal é organizar um Challenger 100 ou até 125 e, um dia mais tarde, um torneio ATP, porque temos condições para isso. Vão ser feitas obras para remodelar o complexo e queremos acompanhá-las com a melhoria dos eventos”, revelou João Maio.

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