Candidatura de Gouveia e Melo a Belém? “Não se deve dizer que dessa água não beberei”

O vice-almirante, que coordenou a vacinação de 85% da população portuguesa contra a covid-19, justifica que afastou o tema para não “politizar” o processo de vacinação, mas admite que não é um cenário completamente excluído.

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O vice-almirante Gouveia e Melo ganhou popularidade e simpatia pelo sucesso do processo de vacinação LUSA/MárIO CRUZ

Depois de ter afastado a hipótese de se candidatar à Presidência da República, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo decidiu agora não fechar a porta à possibilidade de correr a Belém. Em declarações ao jornal Diário de Notícias, o antigo coordenador do programa de vacinação escolheu expressões idiomáticas para colocar esse cenário em cima da mesa e disse que o “futuro a Deus pertence” e que “não se deve dizer que dessa água não beberei”.

Em resposta ao jornal, o vice-almirante justifica que durante o processo de vacinação que coordenou quis afastar essa discussão para não “politizar” o programa de combate à covid-19. “Tentei despolitizar a minha enquanto figura de coordenador da task-force, para não envolver a coordenação da task force numa guerra política”. Porém, de lá para cá, Gouveia e Melo - que ganhou uma enorme popularidade depois de assumir a coordenação da vacinação - tem sido aconselhado a dizer que “não se deve dizer nunca que dessa água não beberei”.

“Não sou um actor político. Neste momento, sou um actor com uma missão e a única coisa em que tenho de estar focado é nessa missão, e não no futuro”, declarou. O vice-almirante afirmou ainda que teve apoio político durante o processo de vacinação e que sem ele “não teria conseguido”. “Tive o apoio da estrutura política do Governo”, disse.

Esta semana, o anterior coordenador da task-force de vacinação contra a covid-19 foi eleito personalidade do ano pela Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal (AIEP).

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