Entre os 20 novos melhores ateliers de arquitectura pelo ArchDaily há dois com ADN português

ArchDaily destaca dois gabinetes com portugueses, o Summary e o llLab, na lista dos 20 melhores novos ateliers de arquitectura.

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Summary Adriana Azevedo

Os ateliers Summary e llLab foram incluídos na lista de 20 melhores novos ateliers de arquitectura, segundo um júri da plataforma internacional Archdaily dedicada ao sector.

“A necessidade de mudança, combinada com a rápida digitalização da nossa indústria, colocou a arquitectura no limiar de uma grande revolução e acreditamos que os diversos tipos de práticas escolhidas como parte da nossa geração de ArchDaily Novos Escritórios 2021 são catalisadores desta mudança”, pode ler-se no texto sobre o 2021 Best New Practices, que a plataforma traduz, em português, para Novos Escritórios.

O atelier Summary, sediado no Porto, cujos membros são Samuel Gonçalves, Adina Staicu, João Meira e Brecht Vanbockrijck, foi incluído na lista devido ao “equilíbrio entre o pragmatismo e o experimentalismo”, refere a ArchDaily sobre esta equipa que desenvolve projectos e sistemas construtivos com a optimização do tempo e recursos físicos como algo central.

Estúdio de arquitectura fundado no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, o Summary tem vindo a desenvolver um trabalho direccionado para soluções arquitectónicas e sistemas construtivos através da tecnologia de pré-fabricação. Este atelier português, que participou em 2016 na Bienal de Arquitectura de Veneza, foi galardoado em 2017 com um prémio Red Dot e em 2018 com o Prémio 40 under 40 European Design.

Outro atelier seleccionado para a lista, o llLab, sediado em Xangai, que reúne criadores de Portugal, China e Alemanha, tem como fundadores Luís Ricardo, David Correa, Taichi Kuma e Hanxiao Liu, trabalhando também com especialistas de outras nacionalidades. Este atelier actua nas áreas de arquitectura, design, arte, urbanismo, pesquisa e desenvolvimento, e o seu trabalho “centra-se na utilização do design como ferramenta para melhorar a vida social e cultural através de várias escalas, desde projectos urbanos a microarquitectura ou instalações”. “Os princípios são orientados por uma abordagem experimental e lúdica que leva a projectos de design conceptualmente rigorosos e bem executados”, salientou o júri, justificando a escolha, referindo-se a criações “que provocam e inspiram”.

Na lista de duas dezenas de novos ateliers de arquitectura, na escolha da plataforma, está também o Mmessina | Rivas, do Brasil, cuja equipa é composta por Francisco Rivas e Rodrigo Messina. A lista de seleccionados inclui ainda os ateliers A for architecture (Índia), Albor Arquitectos (Cuba), Atelier Lai (China), Baupal (Alemanha), Ben-Avid (Argentina), Canoa (Estados Unidos), Equipo de Arquitetura (Paraguai), ESEColectivo Arquitetos (Ecuador), Hannah Office (Estados Unidos), Icon (Estados Unidos), Matri-Archi(tecture) (África do Sul/Suíça), Palma (México), Sher Maker (Tailândia), Stpmj (Coreia do Sul, Estados Unidos), Studio Nyali (Reino Unido) e Urban Radicals (Reino Unido).

A plataforma sublinha que “as questões do ambiente construído já não são apenas interesse de quem constrói e desenha – tornaram-se transversais a toda a sociedade, desde os cidadãos que questionam a qualidade dos espaços públicos aos pequenos empreendedores que criam as suas próprias casas na floresta”.

O júri foi composto por editores da Archdaily de diversos países e curadores, nomeadamente Hana Abdel, Mónica Arellano, Romullo Baratto, David Basulto, Agustina Coulleri, Fabián Dejtiar, Christele Harrouk, Eduardo Leite Souza, Susanna Moreira, Clara Ott, Paula Pintos, Danae Santibañez, Han Shuangyu, Dima Stouhi e Nicolás Valencia.

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