Liga das Nações: um olhar sobre os adversários de Portugal

O poderio e os pergaminhos de Espanha, a solidez da Suíça e a recuperação da República Checa.

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Reuters/STUART FRANKLIN

Numa prova cujo formato reúne as selecções mais capazes na mesma Liga, não se poderiam esperar facilidades e a verdade é que Portugal terá uma missão delicada para chegar às meias-finais da Liga das Nações e estar em condições de repetir o êxito que alcançou na primeira edição. Aqui fica um breve olhar sobre os adversários que a selecção nacional irá enfrentar, em Junho e Setembro do próximo ano.

Espanha: Luis Enrique, take 2

Qualificou-se para o Mundial 2022 ao vencer o Grupo B, mas está longe de ser a selecção dominadora de outros tempos. Nesta segunda passagem de Luis Enrique pelo comando técnico, a Espanha soma 10 vitórias (boa parte das quais tangenciais), quatro empates e três derrotas. Dando primazia ao 4x3x3 enquanto sistema, continua a ser forte em posse, mas por vezes pouco incisiva no último terço. O talento de Pedri, Rodri, Dani Olmo, Brahim Díaz, Sarabia ou Morata, porém, é sempre passível de criar estragos e a verdade é que entra em cena como candidata a ganhar o troféu.

Suíça: momento muito positivo

Vive uma fase de transição, depois da troca de Vladimir Petkovic, técnico de longa data, pelo actual seleccionador, Murat Yakin. Fez uma qualificação competente para o Mundial, superando a Itália (dois empates) no Grupo C para garantir uma vaga no Qatar 2022, e tem equilibrado os duelos com Portugal: dois triunfos e duas derrotas desde 2008. Habitualmente disposta em 4x2x3x1, a Suíça - que só caiu nos penáltis, nos quartos-de-final do Euro2020 - tem um naipe de jogadores diferenciados (Akanji, Xhaka, Zuber, Shaqiri, Embolo), mas distingue-se essencialmente pela organização colectiva.

Rep. Checa: em fase de retoma

Tal como a Suíça, também esteve entre os oito melhores do último Europeu, recuperando um pouco da dimensão internacional que já teve. Com Jaroslav Silhavy ao leme, joga preferencialmente em 4x2x3x1 e tem no guarda-redes Tomas Vaclik e no avançado Patrik Shick, do Bayer Leverkusen, as estrelas mais cintilantes. A Rep. Checa é uma selecção competente em organização defensiva, mas esse predicado foi insuficiente para ir além do terceiro lugar no E de acesso ao Mundial, atrás da Bélgica e do País de Gales.

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