Um encenador entre dois países e os sons de um Portugal imaginado

O Começo Perdido: Mixtape #1, novo espectáculo do alemão Pedro Martins Beja (filho de pais portugueses), socorre-se de um ingénuo olhar de criança para perguntar o que significa uma ideia de pertença para alguém que tem de emigrar. Estreia-se em solo português esta quinta-feira, no Teatro Carlos Alberto (Porto).

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Memórias do passado: a certa altura, Jorge Mota encarna um idoso surdo e com dificuldades motoras que, sem verdadeiramente sair do sítio, começa a “marchar” e manipular a sua vassoura como se de uma espingarda se tratasse, remetendo para o passado colonialista de Portugal Jessica Theis
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Jessica Theis

Apesar de conseguir ter uma conversa em português sem grandes problemas, Pedro Martins Beja escapa para o inglês sempre que pode. Percebe-se: o jovem encenador é filho de pais portugueses, mas foi na Alemanha que nasceu e cresceu. O seu Portugal é apenas o Portugal das “férias grandes”, um Portugal desfocado que talvez exista só na sua cabeça. Esta quinta-feira, o criador leva ao palco do Teatro Carlos Alberto (TeCA), no Porto, O Começo Perdido: Mixtape #1, peça sobre emigração, pertença e memória colectiva que versa justamente sobre aquilo que existe entre a realidade e a nossa imaginação.

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