Pedro Cabrita Reis terá uma escultura no Louvre em 2022

Três Graças assentará no Jardim das Tulherias entre Fevereiro e Outubro de 2022, no contexto da Temporada Cruzada Portugal-França. É a estreia do artista na cortiça e no prestigiado museu parisiense.

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A escultura representa uma "visão contemporânea" das Três Graças da mitologia grega DANIEL ROCHA

Pedro Cabrita Reis está prestes a chegar ao Jardim das Tulherias. No próximo ano, será naquele espaço do Louvre, em Paris, que poderá ser apreciada a sua escultura Três Graças, noticia esta quarta-feira o Diário de Notícias. A encomenda do museu parisiense ao artista português foi feita no contexto da Temporada Cruzada Portugal-França, iniciativa bilateral, envolvendo vários domínios, que decorrerá entre Fevereiro e Outubro de 2022.

Resultado de um convite directo da presidente do Museu do Louvre, Laurence des Cars, a obra “representa o desafio de olhar para um tema que foi ao longo dos séculos tratado de forma diferente por diferentes artistas”, e ao qual Pedro Cabrita Cabrita Reis acrescentará “uma visão contemporânea”, afirmou o próprio em entrevista ao DN. Trata-se de uma escultura composta por três elementos, em cortiça, com cerca de 4,5 metros de altura e 500 quilos, apoiados numa base de ferro de 400 quilos.

É a primeira vez que Pedro Cabrita Reis trabalha a cortiça e a obra, depois do trabalho no atelier do artista, será finalizada nas instalações da Corticeira Amorim. Cabrita Reis considera a chegada ao Jardim das Tulherias no Louvre “um desafio e uma confirmação” do seu estatuto no panorama artístico internacional e, por isso mesmo, “um momento importante” da sua carreira.

Personagens da mitologia grega, as Três Graças, Tália, Eufrosina e Aglaia, filhas de Zeus, são por vezes identificadas como as musas originais, símbolo de alegria e beleza. Habitualmente representadas dançando abraçadas, foram pintadas e esculpidas ao longo dos séculos, estando presentes em frescos de Pompeia e tendo sido imortalizadas em tela por mestres como Botticelli e Rubens. No Louvre encontramo-las expostas numa escultura romana do século II, numa outra de James Pradier, de 1831, ou num quadro de Jean-Baptiste Regnault datado de 1797.

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