Chega fixa objectivo de eleger entre 15 e 25 deputados nas legislativas

Com a meta de fazer do Chega a terceira força mais representada na Assembleia da República após as legislativas de Janeiro, Ventura apresentou os candidatos do partido por Lisboa.

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André Ventura estabelece como objectivo afirmar o Chega como terceira maior força política LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O líder do Chega fixou esta terça-feira o objectivo de eleger entre 15 e 25 deputados e tornar-se na “terceira força política” nacional, assumindo que se não o conseguir será “uma derrota” para o partido.

Em conferência de imprensa na sede nacional do partido, André Ventura precisou que o objectivo é eleger seis deputados pelo círculo de Lisboa e, no total, entre 15 e 25 parlamentares, procurando ainda “captar o maior número possível de votos nos distritos onde não seja possível” eleger “devido ao baixo número de representantes”.

“O objectivo é não só eleger representantes na Assembleia da República, com a maior representatividade possível, mas destronar o Bloco de Esquerda como terceira força política nacional”, indicou.

Para atingir essa meta, o líder do Chega identificou o “eleitorado de foco” a que pretende dirigir-se: além dos “abstencionistas e aqueles que durante muitos anos se afastaram da vida política nacional”, pretende também captar o voto dos “órfãos do PSD e do CDS”.

Caso não consiga tornar-se na terceira força política a nível nacional, Ventura salientou que consideraria o resultado “uma derrota” e um sinal de que seria necessário “reforçar o trabalho ao longo da próxima legislatura”, mas afastou a possibilidade de se voltar a demitir, afirmando que, depois de ter sido reeleito em 6 de Novembro, isso seria “trazer mais instabilidade ao partido”.

André Ventura anunciou que, na elaboração das listas de deputados para as próximas eleições legislativas, que decorrem a 30 de Janeiro, procurou formar o grupo “mais multidisciplinar e variado” possível, além de assegurar a “lealdade necessária ao trabalho de um grupo parlamentar”.

“São pessoas que fizeram o seu trabalho político já consagrado dentro do partido, na sociedade civil, e também demonstram ter as competências necessárias para as várias comissões parlamentares onde o Chega terá presença (...) [sendo] capazes de ter competências na fiscalização específica do governo, venha ele a ser de direita ou de esquerda”, frisou.

Entre os nomes anunciados, André Ventura disse que, na lista pelo círculo de Lisboa, o próprio será cabeça de lista, e, nos lugares elegíveis, figurará o coordenador da comissão de ética do partido, Rui Paulo Sousa, a mandatária da Juventude, Rita Matias, e o presidente da distrital de Lisboa, Pedro Pessanha, faltando ainda indicar o número cinco e seis da lista, que serão anunciados ainda esta terça-feira.

No Porto, o líder da distrital, Rui Afonso, encabeçará a lista, sendo seguido pelo antigo vice-presidente do partido Diogo Pacheco de Amorim – que substituiu André Ventura enquanto deputado na Assembleia da República durante a campanha para as eleições autárquicas –, assim como a actual vice-presidente Marta Trindade.

Além dos cabeças de lista já anunciados para outros distritos – para Faro, Pedro Pinto, Santarém, Pedro Frazão, Viseu, João Tilly, Europa, José Dias Fernandes, e Fora da Europa, João Janela Baptista – André Ventura anunciou ainda que, em Setúbal, a lista será composta por Bruno Nunes, Patrícia Carvalho e Carlos Medeiros, em Braga por Filipe Melo e Rodrigo Alves Taxa, em Coimbra será encabeçada por Paulo Ralha, em Aveiro por Jorge Valsassina Galveias, em Bragança por Jorge Pires, em Aveiro por Júlio Paixão, em Vila Real pela ex-deputada do PSD Manuela Tender e em Leiria por Gabriel Mithá Ribeiro.

Falta agora que as listas sejam aprovadas pelos órgãos nacionais do partido, que se reunirão em plenário extraordinário na quarta-feira, em Lisboa, com vista à sua apreciação.

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