Câmara de Abrantes inaugura Museu de Arqueologia e Arte após investimento de 6,3 milhões de euros

O novo equipamento abre esta quarta-feira no Convento de S. Domingos, requalificado pelo arquitecto Carrilho da Graça.

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Auto-retrato de Maria Lucília Moita, cujo espólio de pintura contemporânea estará no novo museu

A Câmara de Abrantes inaugura esta quarta-feira o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte (MIAA), um equipamento tido como “central” no processo de regeneração urbana da cidade e que representou um investimento de 6,3 milhões de euros.

“É um projecto que foi, e é, muito ambicioso, que estamos a desenvolver quase há 15 anos, e que cria grandes expectativas”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, afirmando ainda esperar que o novo museu “sirva de impulso para toda a dinâmica do turismo relacionado com as questões culturais, quer a nível regional quer a nível nacional”.

O MIAA, que decorre da requalificação do Convento de S. Domingos através de um projecto do arquitecto Carrilho da Graça, ocupa todos os espaços disponíveis dos dois pisos do antigo convento com áreas de exposições, permanentes e temporárias, onde ficará parte da colecção de arqueologia e arte municipal, o espólio de pintura contemporânea da pintora Maria Lucília Moita e a colecção arqueológica Estrada, propriedade da Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos.

São cerca de cinco mil as peças recolhidas no que foi o antigo território da Lusitânia e que fazem parte das colecções da Fundação Estrada, das quais 537 estão seleccionadas para exposição pública ao nível de ourivesaria ibérica, armaria e arte sacra dos séculos XVI a XVIII, além de colecções de numismática, arquitectura romana, medieval e moderna, relógios de várias épocas e uma exposição de arqueologia e história local.

Uma das alas do MIAA será formada por artefactos arqueológicos pré-históricos e proto-históricos em pedra, cerâmica, bronze e outros materiais, que representam a vida económica e social de várias culturas e povos que viveram no território que hoje é Portugal.

As cerca de cinco mil peças arqueológicas referentes ao período anterior à fundação da nacionalidade, relacionadas com a Lusitânia, foram “recolhidas e adquiridas em leilões” ao longo de meio século, em vários pontos da Península Ibérica.

Anunciado há 14 anos e agora finalmente concluído, o projecto de requalificação do Convento de S. Domingos e a criação do MIAA exigiram um investimento global total de 6,3 milhões de euros, dos quais 3,8 milhões foram suportados pelo município.

O museu, que vai ter entradas gratuitas até ao final de Fevereiro, funcionará de terça-feira a domingo, encerrando à segunda-feira e em dias feriados, com excepção do feriado municipal em Abrantes, que se celebra a 14 de Junho.

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