Sp. Braga brilha durante uma hora no duelo dos “europeus”

Enquanto houve onze contra onze, o Sp. Braga foi bastante melhor do que o Estoril. Em inferioridade numérica, os minhotos sofreram, mas seguraram o 2-0.

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HUGO DELGADO

O Sp. Braga está a fugir à “montanha-russa” exibicional que tem apresentado nesta temporada. A uma boa exibição frente ao Vizela, na última jornada da I Liga, seguiu-se neste domingo outro bom jogo, com a consistência que tem faltado noutros momentos da época.

Houve triunfo (2-0) frente ao Estoril, em casa, num duelo directo pela Europa, um resultado que permite aos minhotos, já algo atrasados na luta pelo pódio, deixarem claro que são destacadamente a quarta melhor equipa do campeonato – e fizeram tudo isto novamente sem Galeno.

Os minhotos somam 25 pontos (a dez de FC Porto e Sporting e seis do Benfica), mais quatro do que o um Estoril “europeu” que venceu apenas um dos últimos oito jogos no campeonato.

No Municipal de Braga, a equipa minhota mostrou-se capaz de jogar entre linhas, aplicando um princípio básico do futebol: a superioridade numérica.

O Sp. Braga colocou sempre vários jogadores em redor do portador da bola – fosse à esquerda, ao meio ou à direita –, algo que permitiu diversas triangulações.

Neste domínio, o jovem ponta-de-lança Vitinha voltou a mostrar muita variedade de recursos, com apoios frontais, profundidade, largura e, desta vez, último passe. Já lá vamos.

Antes disso, aos 11’, Ricardo Horta falhou isolado perante Tiago Silva e voltou a perder para o guardião, aos 24’, num penálti desperdiçado.

Parecia não ser a noite do capitão, mas Horta chegou ao golo aos 34’, depois de uma jogada entre os três avançados: Iuri Medeiros criou, Vitinha assistiu e Horta finalizou.

Cinco minutos depois, os protagonistas foram os mesmos, mas com uma ligeira nuance: criou Vitinha, assistiu Medeiros e finalizou Horta, novamente numa jogada de combinação curta.

Dinâmico, o Sp. Braga destruiu o Estoril na primeira parte – foram dois, mas poderiam ter sido mais – e pôde descansar na segunda.

Provavelmente já a pensar no importante jogo europeu da próxima quinta-feira, frente ao Estrela Vermelha, a equipa de Carvalhal levou o jogo para um plano menos vertiginoso, com tentativa de controlo da bola.

Depois de alguns minutos de jogo mais “morno”, Lucas Mineiro viu ser-lhe exibido o segundo cartão amarelo e a partida mudou totalmente.

O Estoril, até então numa posição subjugada, pôde tomar conta do jogo e tentar ferir um Sp. Braga remetido a 30 metros de terreno. Nesta fase, Matheus foi chamado ao serviço. Defendeu remates de Franco e Chiquinho aos 70’, de Baró aos 78’ e de Rosier aos 81’. E houve ainda uma bola à trave.

Em suma, o Sp. Braga foi bastante melhor do que o Estoril com onze jogadores, mas bastante pior com dez. Dado que esse período de inferioridade só durou meia hora, o resultado acaba por ter lógica.

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