Proprietários do grupo LeYa estarão a tentar vender a totalidade das acções

A notícia foi avançada na terça-feira pelo jornal económico espanhol Expansión e até ao momento não foi desmentida.

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Os accionistas da LeYa terão contratado os serviços do banco de investimento internacional William Blair & Company para gerir a venda do grupo, noticiou na terça-feira o jornal económico espanhol Expansión, uma informação também já divulgada em Portugal pelo site Executive Digest.

O PÚBLICO tentou desde terça-feira, sem sucesso, que a LeYa confirmasse a notícia, mas até ao final desta quinta-feira o grupo também não tinha desmentido a informação.

O artigo do Expansión, assinado pelo jornalista Pepe Bravo, não cita as suas fontes da informação, mas é bastante detalhado, adiantando, por exemplo, que “o processo de venda vai adiantado” e se encontra “na sua segunda fase, depois de vários interessados terem apresentado ofertas indicativas”. Os “potenciais compradores”, acrescenta a notícia, estariam agora a “estudar a fundo os negócios da empresa”, com vista a “apresentarem propostas vinculativas”.

A notícia do jornal espanhol surgiu apenas um dia após a LeYa ter enviado um comunicado à imprensa a anunciar que a ex-deputada centrista Ana Rita Bessa fora designada como nova CEO do grupo e que os seus três proprietários – Isaías Gomes Teixeira, Tiago Morais Sarmento e Pedro Marques Guedes – abandonavam as funções executivas que vinham desempenhando. Ana Rita Bessa já dirigira na LeYa, entre 2010 e 2015, o sector do livro escolar, e a sua escolha parecia indicar o propósito de investir numa área em que o grupo só é suplantado, em Portugal, pela Porto Editora.

Criado no início de 2008, o grupo LeYa, inicialmente presidido por Miguel Pais do Amaral, congrega hoje perto de 20 chancelas – incluindo editoras como a Asa, a Caminho, a Texto, a D. Quixote ou o grupo Oficina do Livro. É líder de vendas em Portugal no domínio das edições gerais, e tem presença em Angola, Moçambique, e Brasil.

Ainda segundo o Expansión, os proprietários pretenderão vender a totalidade das acções, um negócio que, diz o jornalista Pepe Bravo, “poderia facilmente superar os 200 milhões de euros”. A notícia não identifica os autores das propostas indicativas que já terão chegado à LeYa, mas exclui o grupo Prisa, que não estará interessado no negócio.

No próximo dia 7, será anunciado o próximo vencedor do prémio LeYa, destinado a romances inéditos em língua portuguesa, e que tem agora uma dotação pecuniária de 50 mil euros. O escritor Manuel Alegre preside ao júri desta edição.

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