Explosão em Munique de bomba da II Guerra Mundial faz quatro feridos

Um dos feridos está em estado grave. Mais de 70 anos após o fim da guerra ainda são descobertas muitas bombas por explodir na Alemanha, mas a maioria não causa vítimas.

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A circulação foi interrompida depois da explosão de uma bomba da II Guerra em Munique perto da principal estação de comboios da cidade ANDREAS GEBERT/Reuters

Quatro pessoas ficaram feridas, incluindo uma com gravidade, depois da explosão de uma bomba da II Guerra Mundial numa ponte perto da estação de comboios de Munique, segundo a polícia.

Os bombeiros disseram que uma das pessoas estava em estado grave.

A explosão aconteceu durante trabalhos de escavação para construir um túnel no local. Foram chamados peritos para examinar o que restou do explosivo que, segundo o ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, pesava 250 kg.

Mais de 70 anos após o fim da II Guerra Mundial ainda são descobertos muitos explosivos por detonar na Alemanha, já que uma parte das bombas largadas por aviões britânicos e americanos (cerca de 1,5 milhões de toneladas) não explodiram, em especial quando caíam em solo macio, acabando por ficar enterradas.

Estima-se que haja entre 135 mil e 270 mil toneladas de bombas e outros explosivos por detonar. Normalmente os explosivos são retirados ou, quando não podem ser removidos, são detonados de modo controlado.

No entanto, por vezes há explosões que matam: em 2010, três peritos da polícia morreram quando se preparavam para neutralizar uma bomba de meia tonelada, descoberta perto de um estádio desportivo. Em 2014, um trabalhador de construção morreu quando a sua escavadora tocou numa bomba, e em 1994, três operários morreram num acidente semelhante em Berlim.

Outras vezes, há grandes operações para detonar bombas que não podem ser removidas, com toneladas de areia postas sobre os explosivos, por exemplo, e mesmo assim por vezes não se consegue, como em 2012, em Munique, quando uma detonação controlada causou danos em 17 edifícios no valor de milhões de euros, ou em 2015, quando uma bomba deixou uma enorme cratera numa auto-estrada perto de Offenbach.

Em 2017 foi descoberta, em Frankfurt, uma bomba de quase uma tonelada e meia, o que levou à retirada de 65 mil pessoas do local para a neutralizar, na maior operação de evacuação de um local na Europa desde 1945.

O aumento da construção no país também levou a um aumento destes achados, e é hábito que seja verificada a presença de explosivos em grandes projectos de construção nos centros das cidades. “Isso é que tem de ser investigado agora: por que é que ninguém deu por esta bomba antes?”, disse Herrmann, citado pela agência de notícias DPA.

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