Associação de farmácias garante que há testes suficientes para responder ao aumento da procura

Presidente da Associação Nacional de Farmácias pede às pessoas que agendem com tempo os testes de antigénio.

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Farmácias pedes aos utentes que agendem os testes com tempo LUSA/TIAGO PETINGA

Apesar de a procura de autotestes e de testes de antigénio para a covid-19 ter aumentado depois de o Governo ter decidido o regresso ao estado de calamidade, a Associação Nacional das Farmácias (ANF) garante que estes estabelecimentos têm disponibilidade para dar resposta e que está previsto um reforço no abastecimento durante a próxima semana. 

“Os portugueses podem estar tranquilos que as farmácias dispõem de quantidade suficiente para responder ao aumento da procura do serviço de realização de testes antigénio e autotestes”, assegura a presidente da ANF, Ema Paulino, em comunicado esta segunda-feira divulgado.

“Após a declaração do estado de calamidade por parte do Governo, verificou-se um pico de procura por este tipo de testes, razão pela qual têm vindo a ser distribuídas quantidades controladas a cada farmácia por forma a garantir um fornecimento homogéneo no território nacional”, explica a presidente da ANF, adiantando que na próxima semana o abastecimento será reforçado.

Recorde-se que o Governo reactivou este mês a comparticipação a 100% dos testes rápidos de antigénio, que, contudo, está limitada a quatro por pessoa por mês. 

A procura disparou após o anúncio das novas medidas restritivas, na semana passada. Na sexta-feira, as farmácias realizaram 30.147 testes de antigénio, um número que, mesmo sendo muito elevado, é ainda inferior aos 35.475 registados a dia 30 de Julho, especifica a ANF.

Apesar de garantir que não há ruptura de stocks, Ema Paulino admitiu à Rádio Renascença que há alguns constrangimentos, os quais estão a ser resolvidos, prevendo-se que na próxima semana a situação esteja normalizada.

“Houve necessidade de os distribuidores farmacêuticos fazerem rateio, distribuir quantidades controladas às farmácias de forma a que pudessem distribuir pelo maior número de farmácias possível. A informação que temos é que, para a semana a situação se encontrará regularizada”, disse.

Sublinhando que as farmácias conseguem fazer, “em dias de maior afluência, mais de 35 mil testes por dia”, a presidente da ANF enfatizou que estão a ser estudadas “formas de poder ainda responder mais à população" e que “mais farmácias estão a organizar-se para poder participar”.

Quanto aos preços dos autotestes, que nalguns estabelecimentos têm vindo a aumentar, Ema Paulino admitiu que podem ocorrer oscilações quando há picos na procura e constrangimentos na oferta. E aproveitou para pedir às pessoas que agendem com tempo os testes de antigénio.

Nos supermercados e nas grandes superfícies, a procura de autotestes aumentou cerca de dez vezes, segundo o director-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). Mas Gonçalo Lobo Xavier assegurou à Renascença que os stocks estão já a ser reforçados e afastou, por enquanto, problemas de abastecimento ou um eventual impacto nos preços.

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