Madeirenses na África do Sul lamentam suspensão de voos

Comunidade tem cerca de 400 mil pessoas, e sem voos directos para Portugal depende de outras companhias que voam para a Europa.

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Paulo Pimenta

À medida que o Mundo se fecha em relação à África do Sul, depois de o país ter identificado a variante Ómicron, as cerca de 400 mil pessoas que compõem a comunidade madeirense continuam a viver dentro da normalidade possível, face ao contexto pandémico.

“Para já os impactos são poucos”, adianta o director regional das Comunidades e Cooperação Externa do governo madeirense, Rui Abreu, explicando que a economia continua a funcionar e os estabelecimentos estão de portas abertas.

“Não foram anunciadas medidas adicionais às existentes, mantendo-se o recolher obrigatório entre as 00h00 e as 4h00 da manhã”, indica uma nota de imprensa emitida esta segunda-feira, que aponta como principal constrangimento para a comunidade madeirense a suspensão dos voos de e para a Europa.

“O maior impacto foi a suspensão dos voos da Europa para a África do Sul. Inacreditavelmente, e apesar de a comunidade ter uma grande dimensão, ultrapassando os 400 mil madeirenses residentes em terras sul-africanas, Portugal não tem voos directos para a África do Sul há já 12 anos”, nota Rui Abreu.

“Os portugueses para chegarem a Portugal têm de voar noutras companhias aéreas europeias, que neste momento suspenderam os voos. Esse foi o grande impacto”, reforça o director regional que, ao PÚBLICO, adianta que não tem conhecimento de qualquer pedido de repatriamento ou de voo humanitário envolvendo a comunidade madeirense.

Rui Abreu tem estado em contacto permanente com a comunidade madeirense residente naquele país da áfrica austral, desde domingo, e o que lhe têm transmitido são relatos de serenidade, apesar da expectativa natural face ao surgimento desta variante.

Também o presidente do governo madeirense, Miguel Albuquerque, não vê, para já, razões para preocupações. “Não temos conhecimento de problemas a afectar directamente a nossa comunidade”, diz ao PÚBLICO, acrescentando: “Vamos aguardar com serenidade, e continuar a acompanhar a situação, como sempre fazemos em relação às nossas comunidades”.

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