Sérgio Gorjão assume direcção do Palácio de Mafra e Dóris Simões dos Santos é a nova directora do Museu do Traje

Direcção-Geral do Património Cultural anunciou esta segunda-feira o desfecho de mais dois concursos internacionais para o preenchimento de cargos dirigentes.

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O Palácio Nacional de Mafra está inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO desde 2020 RUI GAUDÊNCIO

O secretário executivo da Comissão Nacional da UNESCO no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Sérgio Gorjão, é o novo director do Palácio Nacional de Mafra, substituindo Mário Pereira, que se aposentou em Setembro, anunciou esta segunda-feira a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC). Este organismo dependente do Ministério da Cultura informou ainda que também já foi escolhida a nova directora do Museu Nacional do Traje, a historiadora de arte Dóris Simões dos Santos.

Sérgio Gorjão, 50 anos, exerce funções de secretário executivo da Comissão Nacional da UNESCO desde Março de 2020. Antes, entre 2016 e 2020, fez parte da equipa técnica e científica que elaborou, com sucesso, o dossier de candidatura do Real Edifício de Mafra a Património Mundial.

Licenciado em História pela Universidade de Lisboa, mestre em Museologia pela Universidade Lusíada e doutorando em Arquitectura pela Universidade de Lisboa, é técnico superior da DGPC, desempenhando funções no Palácio Nacional de Mafra. Possui ainda formação complementar nas áreas da Museologia, do Património Cultural, da História da Arte, da Filosofia, dos Estudos Orientais e da gestão pública. Foi ainda coordenador da Rede de Museus e Galerias Municipais e dos Serviços de Cultura da Câmara Municipal de Óbidos.

Sérgio Gorjão vai substituir a partir de 1 de Janeiro o ex-director Mário Pereira, que esteve no cargo durante 13 anos, até Setembro passado, altura em que se aposentou. A coordenadora do serviço educativo do Palácio Nacional de Mafra, Fernanda Santos, vem assumindo o cargo temporariamente, desde 28 de Setembro e até tomar posse o novo director.

Especialista em Museologia e Património Artístico e investigadora do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa​ (FCSH-UNL), 46 anos, Dóris Simões dos Santos era até aqui coordenadora do Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré. Entrará em funções a 1 de Janeiro de 2022 em substituição do actual director do Museu Nacional do Traje, José Carlos Alvarez.

Doutorada em História da Arte pela FCSH-UNL em 2020, concluiu o mestrado em Museologia e Património, também pela FCSH-UNL, em 2006. Antes de chegar à Nazaré, em 2009, foi técnica superior no Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha.

Desde Fevereiro deste ano que a DGPC tem vindo a anunciar, em várias fases, o resultado dos concursos públicos internacionais abertos em 2020 para o preenchimento de cargos de direcção nos museus, monumentos e palácios nacionais. 

Em Julho último, foram divulgados os vencedores dos concursos para os museus nacionais do Azulejo, dos Coches, de Etnologia, do Teatro e da Dança, todos em Lisboa, e do novo museu nacional a instalar no Forte de Peniche, dedicado à história da resistência e da liberdade, que entraram em funções a 1 de Agosto. Antes haviam sido anunciadas as novas direcções do Museu de Arqueologia, do Mosteiro dos Jerónimos, do Palácio da Ajuda, do Panteão Nacional, todos em Lisboa; do Museu Grão Vasco, em Viseu, do Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, e do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora.

Estão ainda a decorrer concursos para as direcções do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado e do Museu Nacional da Música, em Lisboa, e ainda para o Mosteiro de Alcobaça.

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