Carolina Costa estreia-se a solo como Alda com um tema vivido de perto: Demência

Já a conhecerão dos Rope Walkers um duo formado em 2019, em Lisboa, onde Carolina Costa (composição, voz e guitarra) se juntou a Rui Ferraz (composição, piano e synths), apresentando-se ao vivo tanto em duo como em quinteto, com os músicos Luís Candeias (baixo eléctrico), João Sousa (bateria) e Bruno Soares (guitarra eléctrica). A sua estreia discográfica deu-se com o tema She’s like cocaine, em 2019, a que se seguiram Stormy eyes, no mesmo ano, Meu amor, em 2020, e um álbum em 2021, lançado no início de Fevereiro, intitulado Unknown Path.

Agora, Carolina decidiu começar também uma carreira a solo, mas como Alda, nome que escolheu “por ser simples, curto, lido em várias línguas, sem grandes confusões com questões de acentos ou letras que possam não existir”, mas também como homenagem à sua avó paterna, que se chamava Alda. O seu primeiro single, Demência, a antecipar um EP que será lançado em 2022, tem também origem familiar, como ela explica no texto de apresentação: “Esta música foi-se compondo nos dois últimos anos e é fruto de um ano vivido com uma pessoa vítima desta condição que é minha tia em segundo grau. Ao longo de vários meses, fui anotando algumas frases que ouvia e mesmo quando elas pareciam não fazer sentido, eu achei que algures no tempo, em conjunto, poderiam vir a formar uma música. Assim nasceu a Demência e escolhi-a para ser o meu single na tentativa de conseguir levar este tema em forma de música, a mais ouvidos.” A letra, feita a partir de frases que ia ouvindo à sua tia, Maria de Lourdes Pereira (o tema, aliás, é-lhe dedicado), diz: “Eu não me encontro/ Nem sei onde estou/ Se é de noite ou de dia// Não me conheço (…)// Ninguém me é família/ Quem fui ou quem sou/ Quem há-de cuidar de mim.”