O Douro sensível visto pelos Nicolau de Almeida

Dez anos depois do primeiro tinto, a Monte Xisto continua a arriscar novas experiências e a aprofundar a sua visão radical que inscreve o vinho no contexto da natureza e da biodiversidade. O cruzamento de valores de duas gerações faz a diferença. O Douro sensível dos Nicolau de Almeida está a criar vinhos que vale a pena conhecer.

Foto

Há uns tempos, apareceu à venda uma parcela de terreno com matos de 13 hectares que fazia fronteira com a Quinta do Monte Xisto. O pai João Nicolau de Almeida e os filhos Mafalda, Mateus e João souberam e compraram-na. Quem soubesse do negócio, pensaria de imediato que essa parcela de mato fosse transformada em vinha. Engano. O mato é para ficar como está porque o mato faz parte da biodiversidade do Douro e a biodiversidade concede aos vinhos uma parte da sua alma e da sua complexidade. Há quem interprete o vinho e o Douro como uma linha de produção, mas essa não é a perspectiva dos Nicolau de Almeida. Os vinhos que criam no Monte Xisto são a expressão de um Douro sensível, ligado à terra e à memória, onde o negócio se confunde com uma causa e a vinha e o vinho se vêem como um dever da família.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar