Ómicron é o nome da nova variante do coronavírus

OMS atribuiu nome à variante B.1.1.529 e considerou-a de “preocupação”. Diz que há risco acrescido de reinfecção com esta nova estirpe, que se está a espalhar por todas as províncias da África do Sul.

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Células infectadas com o vírus SARS-CoV-2 Reuters/NIAID

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a nova variante B.1.1.529 do coronavírus SARS-CoV-2 como “de preocupação” e designou-a pelo nome Ómicron, que é a letra do alfabeto grego equivalente ao “O”, seguindo a nomenclatura adoptada.

Esta variante tem um grande número de mutações que a diferenciam da versão original do vírus, algumas das quais muito preocupantes, diz a OMS. Foi reportada pela primeira vez pela África do Sul a 24 de Novembro, a partir de amostras do vírus sequenciados entre 14 e 23 de Novembro, explica um comunicado do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul. Há dados preliminares que sugerem um risco acrescido de reinfecção com esta variante, que parece estar a aumentar em todas as províncias da África do Sul, coincidindo com um novo aumento de casos no país.

Apesar de apresentar muitas mutações genéticas, os testes de PCR continuam a ser capazes de detectar a variante. Vários laboratórios indicaram que num teste muito usado, um dos três genes que é usado como algo não é detectado se se tratar da Ómicron, o que pode ser usado como marcador para infecção com esta variante, explica a OMS. Os cientistas sugerem que esta variante pode ter uma vantagem de crescimento face à Delta, que era a que até agora dominava. 

Como foi classificada como uma variante de preocupação, a Organização Mundial da Saúde aconselha os países a aumentar a vigilância e os esforços de sequenciação dos vírus em circulação, submeter as sequências genómicas a bases de dados públicas e relatar casos iniciais ou concentrações de casos à OMS.

Segundo os parâmetros definidos pela OMS, as variantes consideradas de preocupação têm de apresentar um aumento na transmissibilidade ou alterações que piorem o quadro epidemiológico da covid-19; aumentar em virulência ou alterar a apresentação clínica da doença; fazer diminuir a eficácia das medidas de saúde pública e sociais ou os meios de diagnóstico, vacinas e terapias disponíveis.

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