Vacinas terão evitado morte de 14 mil portugueses acima dos 60 anos (e quase meio milhão na Europa)

Estimativa é avançada em estudo da OMS Europa e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.

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Vacinação contra a covid-19 Reuters/SERGIO PEREZ

A vacinação contra a covid-19 evitou em menos de um ano a morte de quase meio milhão de pessoas com 60 ou mais anos em 32 países europeus, incluindo Portugal, estima um estudo divulgado esta quinta-feira.

O estudo, da Organização Mundial da Saúde (OMS) Europa e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), apresenta estimativas para o período entre Dezembro de 2020 (quando começaram as campanhas de vacinação) e Novembro de 2021.

Em Portugal, a administração de vacinas contra a covid-19 terá prevenido a morte de 14.222 pessoas com 60 ou mais anos. O total estimado para os 32 países em análise é de 469.186 vidas salvas.

De acordo com o estudo, divulgado na publicação Eurosurveillance, do ECDC, o número esperado de mortes por covid-19 na faixa etária avaliada caiu para metade graças à vacinação (incluindo em Portugal, onde diminuiu 54%).

Os autores salientam que mais de metade das mortes por covid-19 que terão sido evitadas com a vacinação sucederam nos idosos com 80 ou mais anos (261.421 vidas salvas).

O número de mortes evitadas com a vacinação foi calculado como a diferença entre a estimativa de mortes por covid-19 ocorridas sem as vacinas administradas e o número real de óbitos reportados entre Dezembro de 2020 e Novembro de 2021 pelos 32 países abrangidos no estudo (ao todo foram 442.116 óbitos).

Desde o início da pandemia, o continente europeu soma mais de 1,5 milhões de mortes por covid-19, a maioria (90,2%) de pessoas com 60 ou mais anos, indicam em comunicado conjunto a OMS Europa e o ECDC.

A OMS Europa e o ECDC defendem o reforço das campanhas de inoculação nos países com baixas taxas de vacinação, em particular junto dos mais vulneráveis, como os idosos, e a manutenção das medidas de protecção, como uso de máscaras, distanciamento físico e higienização das mãos, uma vez que as vacinas, apesar de prevenirem a doença grave e a morte, não impedem a infeçcão e a transmissão do coronavírus que causa a covid-19.

A Europa tornou-se em Dezembro de 2020 o primeiro continente a superar a fasquia dos 500 mil mortos por covid-19 e arrisca-se a ter 700 mil mortos adicionais até à Primavera de 2022, segundo estimativas da OMS.

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