Agentes de quatro patas tiveram filhos e agora as crias vão estar ao serviço da PSP

A Unidade Cinotécnica Municipal foi criada no Porto em 2020 e já tem cães treinados para encontrar soterrados. Uma nova ninhada nasceu e foi doada à PSP.

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Os pastores alemães da unidade cinotécnica municipal tiveram uma ninhada de seis cachorros que seguirão as pisadas dos progenitores mas noutra corporação Filipa Brito/CMP
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Os pastores alemães da unidade cinotécnica municipal tiveram uma ninhada de seis cachorros que seguirão as pisadas dos progenitores mas noutra corporação Filipa Brito/CMP
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Os pastores alemães da unidade cinotécnica municipal tiveram uma ninhada de seis cachorros que seguirão as pisadas dos progenitores mas noutra corporação Filipa Brito/CMP
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Os pastores alemães da unidade cinotécnica municipal tiveram uma ninhada de seis cachorros que seguirão as pisadas dos progenitores mas noutra corporação Filipa Brito/CMP

São agentes de quatro patas e foram treinados para salvar pessoas. Este corpo de bravos aspirantes a heróis integram a Polícia Municipal (PM) e o Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto (BSBP) e estão ao serviço da população. São cinco pastores alemães e por agora ainda não lhes foi destacada nenhuma missão. O ideal é que continuem com pouco trabalho. Se assim acontecer, é porque a cidade está livre de derrocadas com vítimas soterradas.

Estes cães têm pouco mais de um ano e fazem parte da Unidade Cinotécnica Municipal, criada em 2020 pela PM e pelo BSBP. Foram treinados para busca e resgate de soterrados. Explica o Comandante da PM, António Leitão, que o departamento foi criado no âmbito da Protecção Civil. “Atendendo a todo leque de obras públicas que temos na cidade seria de todo conveniente termos equipas dotadas para colapso de estruturas”, sublinha.

A missão destes agentes de quatro patas está bem definida. Mas a corporação que os treinou não tem pressa em vê-los em acção. “O ideal era que os cães morressem de velhinhos sem nunca terem sido utilizados”, diz. 

Até estarem aptos para o trabalho para o qual foram talhados tiveram de passar por um processo de aprendizagem. “É um longo exercício de paciência de interacção entre o binómio homem-cão. Numa primeira fase há muita brincadeira, depois obediência e só depois são treinados para marcar os odores”.

Nos últimos anos, a cidade passou a dispor de meios desta natureza nas suas entidades de resposta a acidentes que podem dar origem a soterrados. Mas nem sempre foi assim. O comandante da PM do Porto recua ao passado para recordar o dia em que uma mulher de 78 anos morreu debaixo de escombros. “A 12 de Janeiro de 2001 houve o colapso de um edifício na Travessa do Formiga, junto à Rua do Heroísmo. Face à ausência de resposta houve a necessidade de trazer binómios de cinotécnica de Lisboa para ajudar na busca”, conta. Hoje já não seria necessário recorrer a ajuda externa. 

Crias doadas à PSP

Os pastores alemães da unidade cinotécnica ainda são jovens, mas já têm idade suficiente para deixar descendência. Resultado disso, nasceu uma ninhada de seis cachorros que seguirão as pisadas dos progenitores, mas a representar outra corporação. Nesta terça-feira, a unidade camarária de cães de busca e resgate ofereceu-os ao Grupo Operacional Cinotécnico da Polícia de Segurança Pública do Porto, numa cerimónia que decorreu nas instalações do Centro Oficial de Recolha Animal (CROA) do Porto.

Os mais jovens membros da PSP nasceram fruto de “uma relação de amizade entre uma cadela e um cão” do grupo pioneiro da unidade cinotécnica, disse o presidente da autarquia, Rui Moreira, que marcou presença, em conjunto com o comandante da Unidade Especial de Polícia da PSP, Paulo Lucas, que em 2020 passou o testemunho da liderança do comando metropolitano do Porto a Paula Penedo, também presente nas instalações do CROA. 

Os cachorros, com quase três meses, igualmente pastores alemães, vão por algum tempo para Lisboa, onde serão treinados. Alguns poderão desempenhar a mesma função dos progenitores, mas não tem de ser forçosamente assim: “Os cães serão treinados e depois vê-se em que valência funcionam melhor. Podem trabalhar em busca e resgate, com armas ou até na ordem pública”, adianta António Leitão, também no CROA.

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