EUA preparam utilização de emergência de reservas de petróleo

Casa Branca tenta contrariar a subida dos preços do petróleo que se verifica nos mercados internacionais através de acção concertada com outros países, noticia a agência Reuters.

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Reuters/Richard Carson

Os Estados Unidos deverão anunciar esta terça-feira a utilização de parte das suas reservas de petróleo de emergência, numa tentativa da administração Biden de fazer face ao cenário de preços altos que se vive actualmente no mercado internacional.

De acordo com a agência Reuters, que baseia a sua notícia em informações prestadas por uma fonte não identificada da Casa Branca, aquilo que as autoridades norte-americana pretendem fazer é disponibilizar parte da Reserva Estratégica de Petróleo do país através de empréstimos. Isto é, as empresas petrolíferas vão poder usar determinadas quantidades de petróleo disponíveis na reserva, na condição de as devolverem mais tarde.

A intenção dos EUA é que esta acção seja coordenada com outros países, que farão o mesmo com as suas respectivas reservas, dando deste modo um impulso à oferta de petróleo nos mercados internacionais, o que poderá garantir um alívio dos preços praticados. Segundo a Reuters, a Casa Branca já solicitou a países como a China, Índia, Coreia do Sul e Japão para usarem as suas reservas estratégicas, mas não é ainda certo quem irá juntar-se à iniciativa, nem sequer qual a quantidade de petróleo que poderá vir a ser utilizado.

A confirmar-se esta acção, será a quarta vez que um presidente norte-americano autoriza o recurso à Reserva Estratégica de Petróleo do País, depois de tal ter sido feito em 1991 durante a Guerra do Golfo, em 2005 na crise do furacão Katrina e em 2011 quando a guerra na Líbia afectou a produção mundial.

Joe Biden tenta, numa altura em que a subida dos preços dos combustíveis são um dos factores a afectar os seus índices de aprovação, pressionar os principais exportadores mundiais de petróleo, nomeadamente os membros da OPEP e a Rússia, a aumentar os seus níveis de produção. Este grupo de países reforçou recentemente a produção em 400 mil barris por dia, mas este valor tem sido insuficiente para fazer face ao aumento da procura gerado pela recuperação que se verifica na actividade económica mundial.

O preço do barril de petróleo continua próximo dos 80 dólares e é o principal factor por trás da subida da inflação que se tem vindo a verificar, quer nos EUA (inflação homóloga de 6,2% em Outubro), quer na zona euro (4,1%).

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