FC Porto “escaldado” segue em frente na Taça

Depois da eliminação na Taça da Liga em jogo de “poupanças”, Sérgio Conceição escolheu um “onze” próximo do mais forte para bater o Feirense. Deu-se bem e os “dragões” golearam rumo aos “oitavos” da Taça de Portugal.

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO
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Neste sábado, a Taça de Portugal colocou tudo no seu lugar: o FC Porto é de primeira divisão e foi um FC Porto de primeira categoria, enquanto o Feirense é de segunda e foi… de segunda. Os “dragões” bateram os rivais nortenhos com bastante facilidade, venceram por 5-1 e apuraram-se para os oitavos-de-final da Taça de Portugal.

E fizeram-no cumprindo o sonho de qualquer treinador num jogo de Taça pré-partida europeia e pós-paragem para selecções nacionais. Em vez de jogarem em gestão, esperando pelo golo que haveria de surgir, entraram dinâmicos e intensos, marcando cedo.

Para isto, muito contribuiu a escolha de Sérgio Conceição para o “onze” inicial. “Escaldado” pela revolução que fez frente ao Santa Clara, que lhe custou a eliminação na Taça da Liga, o técnico mexeu pouco. Exceptuando a entrada forçada de Fábio Cardoso, pelas lesões de Pepe e Marcano, e a troca pouco relevante na baliza, apenas abdicou de Luis Díaz e João Mário na equipa teoricamente mais forte.

O Feirense levou ao Dragão um 5x4x1 sem bola e 4x5x1 com ela – João Pinto baixava para central em momento defensivo. Apesar do sistema cauteloso, com linhas bastante baixas, o Feirense nunca abdicou de sair a jogar desde trás – e, aí, a saída não era a três, mas a dois. Quando conseguiam sair, não havia seguimento. Quando não conseguiam, havia perigo à própria baliza.

Foi neste abismo que o Feirense jogou em grande parte do jogo e frente a um FC Porto em 4x4x2, houve frequentemente igualdade numérica na construção, algo que, em conjunto com alguma falta de engenho técnico, motivou várias perdas de bola do Feirense em “zona proibida”. Uma delas, aos 7’, deu falhanço de Evanilson. Outra, aos 56’, deu golo de Evanilson – o 4-0, nessa altura.

Entre uma coisa e outra houve três golos, dois deles em lances de bola parada. O Feirense parecia querer apostar numa marcação individual, mas aparecia sempre alguém sozinho. E não há equipa que resista a uma marcação individual mal feita. Aos 15’, Uribe cabeceou sem oposição e marcou. Aos 45’, Otávio fez o mesmo e, após defesa, marcou na recarga.

Apesar das “ofertas” e dos golos de bola parada, o FC Porto teve bastante dinâmica e soluções na frente. A linha de quatro médios do Feirense foi muitas vezes convidada a pressionar Uribe e Vitinha, abrindo espaço para a linha de cinco defesas. Aí, Taremi, Evanilson e Otávio puderam explorar espaço entrelinhas, com muitos apoios frontais e triangulações. Várias oportunidades de golo ficaram por concretizar, com excepção da finalizada aos 39’ por Otávio, que bisou.

Com o 4-0, a meia hora final do jogo preparava-se para ter pouca história, mas Vitinha facilitou com a bola no pé e ofereceu o golo ao Feirense, marcado por Vargas. O Dragão já tinha celebrado o sempre importante 1-0, já tinha celebrado um golo de Uribe, regressado de lesão, e um bis de Otávio. Mas a ovação da noite só chegou aos 72’.

Taremi sofreu penálti e, quando se preparava para o bater, o banco do FC Porto indicou que deveria ser Francisco Conceição a ter a honra. O jovem extremo teve direito a um estádio em pé, à espera da celebração do primeiro golo do jogador pela equipa principal portista. O penálti foi bem batido e, depois, celebrado a preceito: com o abraço ao pai, Sérgio, treinador que lhe deu a honra de bater o penálti.

Nesta fase, os jogadores do Feirense não tinham motivação ou energia para qualquer réplica e o FC Porto, com o resultado feito, viveu o que restava da partida à base do entusiasmo individual de Conceição, motivado pelo golo, e Fábio Vieira, recém-entrado.

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