Trabalhadores dos CTT estão hoje em greve por aumentos salariais e contra degradação do serviço

Greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e telecomunicações (SNTCT) e pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).

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O presidente executivo dos CTT, João Bento, considerou que a greve tem “uma motivação exclusivamente política” PAULO PIMENTA

Os trabalhadores dos CTT estão esta sexta-feira em greve por melhores salários e condições de trabalho e contra a degradação do serviço prestado à população, aproveitando para manifestar o seu descontentamento junto ao Ministério das Finanças, em Lisboa.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e telecomunicações (SNTCT) e Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), que convocaram a greve, acusam a administração da empresa de estar a destruir os CTT e prometeram lutar contra a deterioração do serviço postal, pelo aumento dos postos de trabalho, “fundamental para prestar um serviço de qualidade”, pelo aumento dos salários e pela manutenção dos direitos.

Além dos “salários justos e dignos” e da “admissão de trabalhadores efectivos”, a paralisação tem também como objectivo reclamar a “alteração do modelo organizacional em todos os sectores da empresa”.

A Fectrans reivindica ainda um “serviço postal com qualidade, assegurado pelo estado português” e, por isso, a renacionalização urgente dos CTT.

Na terça-feira, o presidente executivo dos CTT, João Bento, considerou que a greve convocada nos Correios de Portugal tem “uma motivação exclusivamente política” e não terá “perturbações de natureza alguma” para os portugueses.

Esta greve “foi convocada vinda do nada, imediatamente a seguir a saber-se qual era o processo político em que iríamos entrar neste final do ano, princípio” de 2022, disse o gestor à Lusa à margem da sexta edição deste ano do CTT “e-Commerce Day” [dia do comércio electrónico], que decorreu no auditório do Pólo Tecnológico de Lisboa (Lispolis).

“Portanto, tem uma motivação exclusivamente política e está, na nossa opinião - os sinais que recebemos são nesse sentido - condenada a ter o mesmo sucesso que teve na última greve geral dos CTT, que foi um nível de adesão de 8%”, salientou o presidente executivo dos Correios de Portugal.

Os trabalhadores dos CTT fizeram uma greve há um ano em defesa de aumentos salariais e do reforço do pessoal para o serviço postal, distribuição e chefes de estação.

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