Activistas tentaram entrar na refinaria de Sines mas foram barrados. "Queríamos entrar para falar com os trabalhadores"

Um dos manifestantes foi identificado pelas autoridades. A acção foi desenvolvida pela Climáximo em defesa dos trabalhadores da refinaria que, do lado de dentro, protestavam também: “Vão para casa.”

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Um dos activistas da Climáximo que esta quinta-feira se manifestou na refinaria da Galp de Sines foi identificado pela Guarda Nacional Republicana, tendo ficado retido durante cerca de 20 minutos. À chegada a um dos portões de entrada da refinaria cerca de dez activistas ambientais separaram-se do resto da manifestação e tentaram entrar no interior, sob pretexto de entregar panfletos informativos aos trabalhadores.

Não tinham autorização e foram barrados por um elemento da GNR e da segurança da refinaria. Danilo Moreira foi o único retido. “Penso que para o contingente de polícias que se juntou foi uma atitude excessiva”, diz em declarações ao PÚBLICO. 


“Tentaram-me agarrar e eu ainda tentei passar por baixo da barreira como outros colegas fizeram, mas não consegui. Achei excessivo terem-me algemado e também ter sido o único identificado”, reitera. Por ser o único negro entre os cerca de cem manifestantes, Danilo Moreira, a par de outros activistas, falam em discriminação por parte das forças de segurança. 

Os activistas da Climáximo reivindicam a requalificação e formação para os trabalhadores em funções na refinaria. “O Governo tem que garantir que eles [trabalhadores] têm rendimento para garantir o seu sustento durante o período de transição dos combustíveis fósseis para as energias renováveis”, desenvolve Danilo Moreira, acrescentando que essa garantia deve, por outro lado, ser assegurada pela Galp.

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