Já há um Relógio do Clima em Portugal. E lembra-nos que temos sete anos para nos salvarmos

Está no edifício da Associação Académica de Coimbra e marca sete anos e 250 dias. Se não reduzirmos as emissões de carbono até lá, podemos não deixar um planeta habitável para as gerações seguintes.

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Bernardo Nogueira, João Assunção, Joana Baião Sofia Puglielli/DR

O Climate Clock, ou Relógio do Clima, chegou a Portugal. Foi inaugurado esta quarta-feira, 17 de Novembro, e está no edifício da Associação Académica de Coimbra. É uma contagem regressiva, baseada nos dados do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), e mostra quanto tempo a humanidade tem até que a temperatura média global suba 1,5º Celsius em relação aos valores registados antes da Revolução Industrial. Ou, por outras palavras, até ao ponto de não retorno.

É que, avisam os cientistas, se não reduzirmos as emissões de gases com efeito de estufa nos próximos sete anos e 250 dias (marcados pelo relógio), corremos o risco de deixar um planeta insustentável para as gerações futuras. O Relógio do Clima pretende mostrar a urgência de mudança.

Depois de já ter passado por diversas cidades em vários pontos do mundo, como Nova Iorque (o primeiro, instalado em Setembro de 2020), Roma e, recentemente Glasgow — a propósito da COP26 —, chega agora a Coimbra. 

João Assunção, presidente da Associação Académica de Coimbra, refere, citado em comunicado, que “o relógio do clima nas instalações da Associação Académica mais antiga do país e uma das que sempre esteve na vanguarda das maiores alterações sociais e políticas do país é um grito de alerta desta geração para que se possa agir com convicção para reverter este desafio global”. 

No site do Climate Clock, há um mapa que mostra por onde ele anda. E que explica como aderir ao movimento, sem deixar esquecer: “O Relógio mostra-nos o nosso próximo prazo. Mas o tempo para lutar pelo planeta nunca se vai esgotar.” Mas convém que nos apressemos. 

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