A dieta cetogénica não é para toda a gente. Então, para quem é?

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Neste episódio do podcast Vitamina P, o terceiro da nossa série sobre dietas para perda de peso que se têm tornado populares nos últimos anos, falamos sobre a dieta cetogénica, que ganhou fama por acelerar a perda de peso através de uma redução drástica no consumo de hidratos de carbono (por exemplo, o pão, a fruta, as batatas, os cereais), que são a maior fonte de energia do corpo. Em vez de hidratos, privilegiam-se fontes de proteína e gordura. Mas até que ponto é que uma dieta tão restritiva funciona? É sustentável?

Para nos ajudar a perceber a ciência desta dieta falámos com a nutricionista Lillian Barros, que nos explica os casos em que a dieta cetogénica pode fazer sentido, os casos em que não faz, e muitos mitos em redor da dieta “alimentação keto”.

“O objectivo desta dieta é obrigar o corpo a encontrar outra forma de nos autofinanciar energeticamente [além dos hidratos]”, começa por explicar a profissional que nota que a dieta “não é isenta de hidratos”. Porém, tem poucos: por dia, são autorizados entre 30 a 50 gramas de hidratos — equivalente a nove tortitas de arroz e milho. “É uma dieta interessante porque obriga o nosso organismo a simular o processo de fome, e a ir buscar energia às nossas reservas de gordura”, esclarece Barros.

No entanto, sublinha a nutricionista, esta dieta não é adequada a todas as pessoas e não deve ser uma opção a longo prazo. “Numa dieta normal, saudável, equilibrada, nós temos sempre entre 50 a 75% de hidratos de carbono”, aponta Lillian Barros. “Ao retirar a fruta a estes hidratos de carbono, o que é que estamos a retirar? Estamos a retirar minerais e estamos a retirar vitaminas.”

Em que casos pode então ser uma opção? “Em pessoas com obesidade extrema que querem fazer uma cirurgia”, sugere a profissional. “Pode ser uma estratégia a adoptar para ajudar o paciente a ter resultados mais rápidos”, clarifica Barros, repetindo que esta é uma solução “a curto prazo”.

A fechar o episódio, exploramos um estudo que põe em causa a ideia de que o metabolismo das pessoas vai ficando progressivamente mais lento. Ao que parece, a idade não influencia assim tanto.

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