Acções da Jerónimo Martins recuam 10% após saída do segundo maior accionista

Empresa do grupo holandês Heerema vendeu posição na Jerónimo Martins. Ao início da manhã, as acções recuam 10%.

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A Jerónimo Martins é dona do Pingo Doce Diogo Baptista

A Asteck, do grupo holandês Heerema, vendeu a participação de 5% que detinha na Jerónimo Martins, deixando de ser accionista da dona do Pingo Doce.

A decisão foi anunciada ao mercado pela Jerónimo Martins na segunda-feira à noite e está a levar a uma queda das acções da empresa cotada na Bolsa de Lisboa. Pouco minutos antes das 9h os títulos recuavam 10,87%, para 19,26 euros, abaixo do preço de venda na operação da Asteck.

A Asteck era até agora a segunda maior accionista (5%) do grupo, controlado pela Sociedade Francisco Manuel dos Santos. A empresa decidiu vender a sua posição a investidores institucionais e, para o processo de alienação, contratou a Goldman Sachs International.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Jerónimo Martins informa que recebeu da Goldman Sachs uma informação a dar conta de que a Asteck “acordou vender 31.464.759 acções de Jerónimo Martins, equivalentes a 5% das acções existentes de Jerónimo Martins, a investidores institucionais ao preço de 19,75 euros por acção, através de um procedimento de accelerated bookbuilt”.

Depois da operação, confirma a Jerónimo Martins, o grupo holandês “deixa de deter acções” no grupo de distribuição alimentar e retalho português.

Na estrutura accionista, a JP Morgan Asset Management Holdings tem uma participação de 2,35%, a Comgest Global Investors detém 2,06%, a T. Rowe Price International é dona de 2,04%, correspondendo os restantes 32,41% a capital dispersos e a acções próprias do grupo.

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