Balsemão diz que Rio e Rangel são “muito válidos” e desta vez não revela quem apoia

Antigo líder social-democrata revelou gostar que existisse um debate entre os dois candidatos do PSD à presidência do partido, mas Rio já recusou.

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Francisco Pinto Balsemão não vai revelar quem vai apoiar, desta vez, nas eleições directas do PSD Rui Gaudencio

O militante número um do PSD, Francisco Pinto Balsemão, afirmou esta sexta-feira que não vai revelar quem apoia na corrida à liderança do partido, ao contrário das duas últimas eleições directas em que esteve ao lado de Rui Rio.

No programa “Geometria Variável”, da Antena 1, conduzido pela jornalista Maria Flor Pedroso, Francisco Pinto Balsemão foi questionado sobre a actual disputa interna no PSD, com eleições directas em 27 de Novembro, a que concorrem o actual presidente e recandidato Rui Rio e o eurodeputado Paulo Rangel.

“Posiciono-me dizendo que é bom que os partidos estejam agitados, é sinal que não adormeceram, que vai ganhar o melhor e eu não vou pronunciar-me sobre qual é que vou apoiar. Dou-me muito bem com os dois, acho que são ambos muito válidos”, afirmou, dizendo que irá escolher “através do seu voto”.

Tanto em 2018 como em 2020, o fundador do PSD apoiou Rio na disputa da liderança do PSD, primeiro contra Pedro Santana Lopes e depois contra Luís Montenegro, por entender que este era “a melhor solução para o partido e para o país”.

Ainda sobre o PSD, o antigo líder social-democrata revelou gostar que existisse um debate entre os candidatos do PSD - que Rio já recusou - e, quanto aos entendimentos, rejeita que possam ser feitos com partidos dos extremos políticos, como o Chega ou PCP.

“Dos que estão mais perto, vejo o PS como um grande partido e alguns mais pequenos como a IL e o CDS. Digo por essa ordem porque temo que o CDS fique em lugar inferior à Iniciativa Liberal nas próximas eleições”, afirmou, reiterando o entendimento de que o PSD é um partido de “centro, de centro-esquerda”.

O também conselheiro de Estado disse nada ter a criticar ao Presidente da República na actual crise política.

“Fez a sua obrigação, tem obrigações constitucionais cumpriu-as”, disse, considerando que “o aviso à navegação” de Marcelo Rebelo de Sousa de que convocaria eleições antecipadas caso o Orçamento chumbasse “faz parte das funções do Presidente da República”.

Questionado se hoje já confia “um bocadinho mais” no chefe do Estado, depois de vários desentendimentos no passado, disse: “Isso é uma coisa a que não vou responder, como é evidente”.

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