Modelos mostram a riqueza dos têxteis religiosos belgas numa passerelle na Catedral de Tournai

Foram exibidas três dezenas de peças, entre as quais capas bordadas com fios de ouro e prata, algumas com mais de 400 anos.

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Esta foi a primeira vez em 50 anos que as peças de vestuário foram exibidas ao público PASCAL ROSSIGNOL/Reuters
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Catedral de Nossa Senhora de Tournai PASCAL ROSSIGNOL/Reuters
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A Catedral de Nossa Senhora de Tournai, um dos monumentos mais icónicos da Bélgica, na cidade homónima, recebeu uma inusitada passagem de modelos, embalada pela música de órgão, com vários voluntários a envergarem as vestes dos sacerdotes, algumas com mais de 400 anos. O espectáculo, que aconteceu na quarta-feira ao fim do dia, organizado pela catedral, faz parte de um esforço para promover a colecção de têxteis religiosos que defende ser os mais ricos da Bélgica. Pela passerelle foram exibidas três dezenas de peças, entre as quais capas bordadas com fios de ouro e prata.

Esta foi a primeira vez em 50 anos que as peças de vestuário foram exibidas ao público, disse o historiador da catedral, Michel-Amand Jacques, citado pela Reuters. Rudy Opsomer, o presidente dos Amigos da Catedral de Tournai, explicou que as peças de vestuário são normalmente guardadas nas câmaras da igreja, longe dos olhos do público. “Era uma pena que já não fossem acessíveis para o público em geral”, disse Opsomer, considerando esta como “uma oportunidade de ver coisas para além do lado religioso das roupas”.

Durante o espectáculo, foi possível observar a evolução do traje sacerdotal, desde o século XVII até ao século XXI, com as peças mais detalhadas e extravagantes usadas no período barroco a serem substituídas por outras mais simples que seguem as directrizes estabelecidas pelo Concílio do Vaticano II, em 1965.

No século XVIII, disse Jacques, um conjunto de trajes sacerdotais custava entre 15 e 19 mil libras francesas, valor que hoje andaria entre os 250 e os 300 mil euros. “Os tempos mudaram, a Igreja mudou”, explicou Jacques, ressalvando que para compreender o passado “temos de nos colocar no lugar das pessoas naquela época, no século XVII ou XVIII, quando estes ornamentos eram vistos como uma oferta a Deus”.

Harpigny, que participou no espectáculo, disse que o evento não era uma forma de a Igreja se gabar das suas riquezas do passado, mas sim de mostrar como a instituição acompanha os movimentos culturais e artísticos ao longo dos tempos.

Quanto aos ornamentos que datam do século XV, e que estão guardados na catedral, foram avaliados como demasiado frágeis para serem vestidos e exibidos.

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